sábado, 17 de setembro de 2011

Pompa e vaias

Como era previsível, deixar a presidência e, consequentemente, perder as pompas e circunstâncias relativas ao cargo, é muito doloroso para o ego de L.I.

Nos últimos tempos, seu desespero vai se aliando a uma espécie de debilidade (junto com a grande amizade e favores da Odebrecht), que o faz aparecer em inaugurações, assinaturas de contratos, entrevistas e palpites sobre o governo, aparecer em fotos nos jornais com súditos à volta como se ainda fosse presidente e da república.

Mal acostumado, L.I. despirocou. Porém, aos poucos, as pessoas começam a reagir e tratá-lo como gostariam, sem que antes tivessem coragem. Parece que, depois de tantos anos de ditadura, também estão muito mal acostumadas e ainda se acanham, quando não deveriam.

É fácil perceber isso na reportagem abaixo, que saiu hoje no jornal. Sem contar que, nos últimos tempos, não é a primeira vez que L.I. recebe merecidas vaias .

SANTO ANDRÉ (SP) - O ex-presidente Lula perdeu a paciência nesta sexta-feira com jovens do movimento estudantil, que vaiaram o ministro da Educação, Fernando Haddad, seu candidato à prefeitura de São Paulo pelo PT. Com cartazes e faixas reivindicando 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, cerca de 20 estudantes gritaram palavras de ordem e vaiaram os políticos presentes ao aniversário de cinco anos da Universidade Federal do ABC (UFABC), em Santo André. Lula era um dos homenageados pela reitoria e teve de ouvir alguns jovens gritando "é tudo mentira" a cada feito de sua gestão narrado por ele.

- Gritar é bom, mas ter responsabilidade é muito melhor - disse ele, que afirmou: - Se tem uma coisa que aprendi a respeitar é o direito de as pessoas reivindicarem, porque, se não fosse assim, eu não seria presidente da República.

Outro grupo de 30 estudantes, numa plateia de 500 pessoas, carregava cartazes de apoio à greve de professores e acabou levando bronca do ex-presidente: - Se eu tivesse medo de greve, eu não teria feito as maiores e as melhores do país. (vejam o caso abaixo: Greve é bom, mas depende...)

Sobre o percentual para educação, Lula usou como exemplo a história de um filho que briga com a mãe porque quer R$ 10 para sair à noite e a mãe não tem o dinheiro. A comparação irritou os estudantes: - A mãe pode não ter dinheiro, mas hoje o governo tem - disse Rafael Nascimento, de 18 anos, da Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel).

Chamados por Haddad de estudante do PSOL e PSTU, os jovens disseram que não vaiaram a pessoa de Lula, mas "as políticas de hoje" e se disseram contrários ao ministro da Educação:

O ex-presidente defendeu Haddad e disse:

- Precisamos caminhar para ter 10% do PIB na Educação e ter uma parte do pré-sal (para o setor). Mas essas coisas não acontecem porque o cidadão se sente no direito de gritar. Essas coisas são construídas.

Greve é bom, mas depende...

- caso verídico, que está no livro Viagens com o Presidente -

Em 2006, ano eleitoral, durante um vôo L.I. chamou um auxiliar para uma rápida conversa. Queria saber quais seria a chance de ocorrerem greves em alguma categoria de servidores federais.

-Meu caro, onde você acha que pode ter greve neste ano? – perguntou, ainda muito docemente, ao seu subordinado.

L.I. começou a perder a paciência, assim que ouviu o INCRA e o IBAMA como resposta. Uma paralisação na autarquia da reforma agrária poderia atrapalhar a relação presidencial com o MST.

"-Puta que o pariu, assim não dá, porra!" – esbravejou o ex-sindicalista que passou a maior parte do tempo de ‘trabalhador’ incentivando os operários a entrarem em greve.

Fonte: http://puteiro-nacional.blogspot.com/

Editado por ZeRepolho

sábado, 10 de setembro de 2011

Com quantas mentiras se faz uma Comissão da Verdade?

Eu estou aqui é para desafinar o coro dos contentes mesmo! Não que eu faça questão de ir sempre contra as unanimidades porque supostamente burras — algumas não são. Se fossem, então estaríamos diante de uma unanimidade… burra, certo? Eu gosto é de lógica e não gosto de coisas explicadas ou ditas pela metade.

O ex-terrorista José Genoino, hoje assessor do Ministério da Defesa, diz que os três comandantes militares estão tranqüilos com a instalação da Comissão da Verdade e que a apóiam. Pode ser. Eu nunca me senti obrigado a ter a bênção militar para pensar isso ou aquilo. Por isso, não apóio comissão nenhuma! Parece que Genoino, 40 anos depois, resolveu aderir a uma nova máxima: “Se até os militares gostam…” Vamos ao caso do dia.

A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário — aquela que foi a São Paulo deitar proselitismo contra a polícia mais eficiente do país —, esteve com a presidente Dilma e concedeu uma entrevista depois. Afirmou basicamente que espera contar com o apoio da oposição para a instalação da tal comissão e que nada divide, nesse particular, o governo e seus adversários. Certo.

A dita comissão, depois de uma longa negociação, vai contar a história oficial, segundo a ótica, dos direitos humanos, no período que vai de 1946 a 1985. O Brasil é um país exótico mesmo. Em 1946, dá-se a redemocratização, depois da ditadura do Estado Novo. Se era para ir tão longe, por que não chegar a 1937, quando Getúlio institui a ditadura escancarada — a de 1930 a 1937, foi uma ditadura mascarada. Alguém poderia dizer: “É que houve uma anistia!” Ah, bom!!! E a de 1979? Não vale? Quer dizer que vamos recontar 42 anos de história do Brasil e vamos deixar um ditador asqueroso, como o primeiro Getúlio, fora da parada por causa de oito aninhos só?

Essa história de voltar a 1946 é uma máscara hipócrita para inverter os algarismos: querem mesmo é se fixar no período que começa em 1964, nesse joguinho do doce revanchismo. A anistia de Getúlio, que torturou muito mais do que o regime militar, vale porque, afinal, vocês sabem, ele é o “nosso” (deles) doce ditador. Já a dos militares… É evidente que se trata de revanchismo soft, liofilizado, aparentemente cordato. A depender da evolução do debate, encrua-se a história.

“Se até o chefes militares concordam, quem é você para discordar?” Eu? Alguém com o direito de discordar dos militares, ora essa! A ditadura acabou, não é mesmo?

É curioso que os petistas, que vivem de satanizar os adversários, tentando lhes cassar a legitimidade para fazer política, se mostrem dispostos a dividir essa “dádiva”, não é?

Comissão da Verdade? O terrorista Carlos Lamarca foi admitido no panteão dos heróis, com pagamento de indenização e até promoção post mortem. Assim, foi adotado pelo estado brasileiro como homem de bem. A Comissão da Verdade pretende contar a VERDADE sobre, por exemplo, o assassinato covarde, com incríveis requintes de crueldade, do tenente Alberto Mendes Júnior, da Polícia Militar de São Paulo, comandada por aquele doce facínora? Contará a verdade sobre as 119 pessoas assassinadas (nomes, circunstâncias e assassinos aqui) pelos terroristas de esquerda?

Pois eu acho que não!

“Ai, como o Reinaldo é reacionário e direitista!” Sou, é? Acho bastante progressista, numa democracia, o respeito às leis. E o país aprovou uma Lei da Anistia. Essa é a questão de fundo. E há um outro aspecto importantíssimo, central mesmo: essa gente gosta de mistificar seu heroísmo passado para justificar suas lambanças presentes. Ao se fazerem de vítimas e de grandes paladinos da democracia, tentam justificar seus crimes de hoje.

Ah, sim: é bobagem me ofender. Já conheço todos os insultos. Quero argumentos convincentes, que não fiquem no puro proselitismo vitimista.

Por Reinaldo Azevedo

09/09/2011 às 18:39

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/

Editado por ZeRepolho

Acordo permite prosseguimento do concurso do Incra

Qui, 08 de Setembro de 2011 16:52

Em audiência realizada no último dia 5 de setembro, na 2ª Vara Federal da Cidade de Belém, foi celebrado um acordo judicial entre o Incra, o Ministério Público Federal do Pará (MPF/PA) e o Instituto Cetro, encerrando ação civil pública ajuizada pelo MPF/PA, que impedia o prosseguimento do concurso para a contratação de 550 novos servidores para o Incra.

A seleção, iniciada em 2010 e organizada pelo Instituto Cetro, estava suspensa por decisão judicial. Com o acordo firmado, o certame terá prosseguimento por meio da aplicação de novas provas aos candidatos que não puderam realizá-las no ano passado, em virtude de tumultos ocorridos em alguns locais.

Novas provas

As novas provas serão aplicadas no dia 27 de novembro deste ano, para os candidatos prejudicados por incidentes durante a realização do concurso no colégio Geraldo Veloso, em Marabá; escolas Maestro Wilson Fonseca e Almirante Soares Dutra, em Santarém; e na sala 42 do Colégio Ulyssses Guimarães, em Belém (PA).

O Cetro, dentro de um prazo de 15 dias, contados da audiência, convocará - via email, telegrama ou carta - os candidatos com direito a realizar novas provas.

Para que não haja prejuízo aos candidatos já aprovados, ficou acordado que as novas provas terão o mesmo nível de dificuldade daquelas já realizadas e seguirão o mesmo conteúdo programático e prazos estabelecidos pelo Edital n.º 01/2010. O objetivo é garantir a equiparação dos testes e a consequente isonomia entre os participantes do concurso.

O acordo no Pará abre caminho para resolver o caso dos candidatos que tiveram problemas para realizar as provas em Natal (RN). Nos próximos dias, o Incra buscará uma solução definitiva, nos mesmos moldes, junto ao Ministério Público Federal e a Justiça Federal do Rio Grande do Norte.

Nomeação

O Incra vai iniciar, agora, os procedimentos administrativos para nomear os 105 aprovados para cargos que não estavam em disputa entre os candidatos que farão provas novamente. A nomeação está prevista para ser publicada nos próximos meses.

Orientação

Os candidatos que não realizaram as provas em Marabá, Santarém, Belém e Natal devem ficar atentos à convocação do Cetro nos próximos dias e para a realização dos novos testes em 27/11/2011. Mais informações serão disponibilizadas no site do Instituto Cetro (www.institutocetro.org.br).

Siga o Incra/Sede no Twitter: @Incra_oficial
http://twitter.com/#!/Incra_oficial

Fonte: http://www.incra.gov.br

Editado por ZeRepolho