Terminou,
sem acordo, a primeira reunião entre o governo e os servidores públicos que
pleiteiam aumento de salário. A conversa entre técnicos do Ministério do
Planejamento e representantes da Confederação dos Trabalhadores no Serviço
Público Federal (Condsef), que representa 18 categorias, começou com uma hora
de atraso e decepcionou os sindicalistas. O governo ouviu as reivindicações,
que, se atendidas, devem priorizar, principalmente, os servidores que integram
o chamado carreirão, com 120 mil trabalhadores, mas prometeu só dar uma
resposta na próxima sexta-feira (17/8).
A
meta da Condsef é igualar os salários de carreiras da Previdência, da Saúde e
do Trabalho (CPST) e do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) aos de
técnicos do Executivo beneficiados pela Lei 12.277/10, como os de estatística,
economia, arquitetura, geologia e engenharia. A Condsef quer reajuste de 30%
para os servidores de nível superior e para os cargos de auxiliar
administrativo.
Segundo
o Planejamento, entre 2003 e 2011, todos os funcionários do PGPE e do CPST
tiveram reajustes entre 55% e 114% acima da inflação. Mas o governo admite que
ainda há o que corrigir em termos de salários no carreirão. Os funcionários
beneficiados pela Lei 12.277/10 tiveram ganhos maiores ao somarem o aumento
mais a tabela salarial diferenciada. Ou seja, nesses casos, o reajuste real
entre 2003 e 2011 foi de 163,3% na remuneração inicial e de 197,2% na final.
Ainda
está previsto para às 14h desta terça-feira reunião para discutir propostas dos
servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do
Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Também serão recebidos pelo
Planejamento representantes de professores e técnicos administrativos de
universidades federais.