segunda-feira, 10 de outubro de 2011

PIOR DO QUE ESTÁ FICA

Por Maria Lúcia Vitor Barbosa

Desculpe-me, Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, palhaço e deputado federal, mas pior do que está fica. Acabo de ler na Folha de S. Paulo que seu filho, Everson Silva, o Tirulipa, também palhaço, vai concorrer pelo PSB a uma cadeira de vereador em Fortaleza (CE) nas eleições do próximo ano. Pai e filho dão o que pensar sobre partidos políticos e outros temas como democracia, liberdade, cidadania.

Tiririca foi o deputado mais votado na eleição de 2010, com 1.353.820 votos. Disputou no Estado de São Paulo pelo PR, partido do Waldemar da Costa Neto. Dizia que não sabia o que fazia um deputado, mas que chegando lá prometia contar como era o “coiso”. Até hoje não contou e nunca discursou. Talvez, por se sentir inadaptado ao novo “picadeiro”, bem diferente daquele circense e ingênuo onde a função do palhaço é a de fazer rir principalmente as crianças. Talvez, por não conseguir decifrar o “coiso”, cujos embates por mais poder pessoal, a corrupção deslavada, os estonteantes privilégios e facilidades demandam certo tempo para serem assimilados e incorporados a partir da deterioração moral do indivíduo. Na campanha, enviando um raio de esperança aos seus eleitores, disse Tiririca: “pior do que está não fica”. Pois está ficando.

Com relação aos partidos políticos, se no período anterior às eleições de 1986 já se achavam descaracterizados como representantes da opinião pública ou de segmentos sociais, agora o processo de degradação se acentuou. Aumentam a criação e troca de siglas que sugerem o oportunismo da caça às vagas nas convenções e o acerto de interesses eminentemente pessoais de poder pelo poder. Exacerba-se o fisiologismo partidário. Evidencia-se a ausência de qualquer ideologia, princípio ou disciplina.

Pior, minguam as oposições na medida em que o PSDB enfraqueceu depois ter servido de linha auxiliar do PT durante os oito anos do governo Lula da Silva e o DEM encolhe com a migração de muitos de seus próceres para o partido de Gilberto Kassab, o PSD, um partido oportunista que bem ilustra a vulgarização e o comércio da política brasileira.

Nascido para servir ao governo petista, o PSD poderá garantir a sonhada hegemonia do PT a vigorar, como disse certa vez José Dirceu, por vinte anos. Ou mais, visto que Fidel Castro, Hugo Chávez, Evo Morales, Ahmadinejad e muitos outros ditadores mundo afora são companheiros diletos e exemplos para Lula da Silva e a classe dominante petista que comanda o espetáculo do poder.

Portanto, com exceção de uma voz ou outra que ainda se levanta no Congresso, seja do PSDB, seja do DEM, para denunciar as falcatruas e os desmandos do Executivo, a ausência de oposições partidárias e também institucionais reforça o domínio petista que em sua tática de perder, recuar, atacar, vai ganhando cada vez mais espaços, interferindo cada vez mais na vida da população.

Não será, pois, absurdo dizer, que o governo bifronte de Lula da Silva e Dilma Rousseff acabe por atingir, por exemplo, uma das metas já propostas pelo PT, que é a de acabar com a liberdade de imprensa, aspiração antiga que vem disfarçada em belo palavrório, mas que na verdade traduz o vezo autoritário de um partido que no fundo sonha como o modelo chinês para o Brasil: capitalista na economia, comunista na política.

A situação político partidária no Brasil não é, como se nota, de pouca monta. Coloca em jogo a democracia e inerentes liberdades civis. Demonstra como é rasa nossa cultura cívica. Afinal, quando não existe oposição resta a ditadura.

Ao mesmo tempo, a deterioração partidária conduz à banalização da política, ao nivelamento por baixo. Tirulipa que ser vereador em Fortaleza e certamente o será, confirmando assim a dinastia Tiririca. Nada demais depois que o Brasil elegeu e reelegeu Lula da Silva para a presidência da República. A partir daí tudo se transformou na ilusão da propaganda, tudo foi permitido, tudo foi corrompido, tudo foi vulgarizado, tudo foi comprado de modo nunca antes havido nesse país.

Lula da Silva, sem dúvida, fez escola, mas, o exemplo mais cabal de lulite crônica em forma aguda se apresenta na sucessora Dilma Rousseff. Recentemente na ONU Rousseff destilou a mesma arrogância lulista, o mesmo discurso pretencioso de quem quer ser professor do mundo e, quem sabe, de Deus. Na Europa, a fala entrecortada da presidente traiu sua dificuldade em se expressar, sua inaptidão para o cargo. A mesma lulite crônica acomete também ministros, como o do Esporte que integrava a comitiva, Ele não consegue dizer coisa com coisa.

É verdade que o povo vota no candidato e não no partido, mesmo porque, não temos partidos na concepção clássica, mas clubes de interesses. Isto denota nossa indigência política, porque sem partidos bem estruturados que sejam elos entre povo e governo resta o domínio do partido único e a bandalheira generalizada.

Ainda teremos muito a caminhar no Brasil rumo a uma autêntica democracia. Na atualidade, pior do que está fica.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.

Fonte: http://lilicarabinabr.blogspot.com/

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Com quem fica o “pet” em caso de divórcio?

Sim, meus caros, um deputado pensou no assunto, e outro propôs uma emenda… Quem manda você não ser cachorro?

O besteirol no Brasil é infindável. Chamem a Agripina Inácia! E, como vocês podem notar, a estupidez é suprapartidária. Um projeto agora quer regulamentar guarda de animais de estimação após divórcio!

Leiam o que informa a Folha Online:

Está pronto para votação pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados o projeto (PL 1058/11) que regulamenta a guarda de animais de estimação após o divórcio dos donos. Segundo o texto, quando não houver acordo, caberá ao juiz definir a guarda conforme o ambiente disponível para morada do animal, a disponibilidade de tempo e as condições oferecidas para cuidado com o bicho, bem como o grau de afinidade com o animal. A proposta conta com apoio de defensores dos direitos dos animais. Segundo Simone Lima, da Associação Protetora dos Animais do Distrito Federal, não são apenas os humanos que sofrem com o fim de um casamento ou união estável.

O relatório de Ricardo Tripoli (PSDB-SP) sugere mudanças no texto apresentado pelo autor, deputado Dr. Ubiali (PSB-SP). Entre elas, a possibilidade de a dissolução de uniões estáveis homoafetivas também ser considerada para efeito de guarda de animais de estimação. No caso da guarda unilaterial, a proposta prevê que a outra parte poderá visitar o animal. Além da Comissão de Meio Ambiente, o projeto deverá ser analisado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Se aprovado, poderá seguir diretamente ao Senado.

Por Reinaldo Azevedo

Fonte: http://lilicarabinabr.blogspot.com/

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domingo, 9 de outubro de 2011

Dinheiro para assentamentos fica parado no Ministério

Dos R$ 159 milhões destinados a assentamentos da reforma agrária este ano, apenas R$ 16 milhões foram gastos até agosto. Reportagem do Estadão:

Em nenhum momento, desde que assumiu o poder, a presidente Dilma Rousseff falou em metas de novos assentamentos da reforma agrária. O objetivo maior, segundo o discurso do governo, é tornar mais produtivos os quase 9 mil assentamentos já existentes. Na prática, porém, nada disso ocorreu até agora.

Do total de R$ 159 milhões destinados no Orçamento deste ano para obras de infraestrutura nos assentamentos, até agosto só haviam sido gastos R$ 16 milhões, o que representa 10% do total. Nessa rubrica estão incluídos, entre outros serviços, estradas para escoamento da produção e abastecimento de água.

Os números fazem parte de um relatório interno que circulou nos últimos dias na sede do Instituto Nacional de Reforma (Incra), em Brasília. Produzido pela Diretoria de Gestão Estratégica, a partir de dados fornecidos pelas 30 superintendências regionais, o relatório mostra que os resultados mais desalentadores da execução orçamentária são justamente os que se referem à melhoria nas condições de vida das famílias já assentadas.

O caso do crédito destinado à instalação das famílias nos lotes é exemplar. De acordo com o planejamento, neste ano seriam gastos R$ 900 milhões e a maior parte do dinheiro iria para a construção de moradias. Mas até o final de agosto só foram empenhados R$ 204 milhões, ou 22,7% do previsto. Do total de verbas destinadas para a solução de problemas de licenciamento ambiental, o governo gastou 17,7 % do orçamento de R$ 10 milhões.

Para contratos de serviços de assistência técnica, o governo destinou R$ 146 milhões. Até agosto os contratos em andamento totalizavam R$ 72 milhões. Esse volume, equivalente a 49,6% do total, é maior que a média do setor e aparentemente razoável. Mas só aparentemente, porque 13 das 30 superintendências regionais informaram que até agosto ainda não haviam empenhado nenhum centavo na contratação de serviços de assistência. As de São Paulo e Mato Grosso faziam parte do grupo.

Contradizendo o discurso do governo, o setor que melhor andou foi o da obtenção de novas áreas para assentamentos: de janeiro a agosto foram empenhados 80,4% do total de R$ 530 originalmente destinados para as compras.

Ao comentar o relatório do Incra para o Estado, Marina Santos, da coordenação nacional dos Movimento dos Sem-terra (MST) observou: “O ano de 2011 vai entrar para a história como mais um ano perdido para a Reforma Agrária. A lentidão para o assentamento das famílias acampadas e para a execução de políticas para fortalecer os assentamentos é uma vergonha para um governo que tem como meta acabar com a pobreza no Brasil”.

Fonte: http://www.implicante.org

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Lula se supera “sem um dedo, fiz mais que Bill Gates e Steve Jobs”

Em palestra paga por um banco americano, o ex-presidente Lula afirmou, entre outras coisas, que “pegou o país na miséria e fez mais que Steve Jobs e Bill Gates”. O relato é da coluna de Sonia Racy no Estadão:

Importantes convidados do Bank of America/Merrill Lynch, para assistir à palestra de Lula anteontem, na Casa Fasano, até se divertiram. Mas os que jamais tinham ouvido o ex-presidente falar em outros recintos sofisticados esperavam algo além do que presenciaram.

O banco americano pagou R$ 250 mil para escutar declarações como “Wall Street não gosta de mim, mas o chefe deles gosta” ou “tem que falar português em aeroporto americano, eles têm que entender o que a gente fala”. Bem como a crítica, com alguma razão, sobre a farta comemoração dos americanos pela morte de Bin Laden, “coisa de mau gosto”.

O conhecido jeitão do petista surpreendeu parte da plateia, onde se encontrava Thomas Montag, presidente do global banking do Bank of America. Que veio ao Brasil comemorar a autorização do BC à Merrill Lynch para se tornar banco múltiplo.

Lula 2

Tudo nos conformes, com Lula listando os feitos de sua gestão, dando inclusive um upgrade no seu famoso jargão “nunca antes neste País”, trocado por “nunca antes neste Planeta”. De modo veemente, e carismático, procurou tranquilizar os presentes em relação à inflação, citando e apontando várias vezes para Henrique Meirelles, que estava no salão.

Manifestou também absoluta confiança na política monetária de Dilma, e frisou que a alta da inflação é passageira.

Lula 3

Lula mais solto, o discurso que lia caiu no chão. E aí, o improviso se instalou. Afirmou que o Brasil só começou no século 21: “Quando peguei esse País, só tinha miserável. E eu, operário sem um dedo, fiz mais que o Bill Gates, Steve Jobs e esses aí”.

O ex-presidente lembrou também do tempo em que guardava sua marmita debaixo do tanque, chamando Marisa para confirmar. A ex-primeira dama já havia ido embora.

Lula 4

Entre os que assistiram à palestra de uma hora e meia, Lula elegeu alguns interlocutores. Entre eles Luiz Furlan, “não é só vendendo frango para a chinesada que se ganha”; Wilsinho Quintella, “esse está rindo de orelha a orelha com o lixo”; e também para Edson de Godoy Bueno; “nunca vendeu tanto plano para pobre”.

E conclamou os presentes à tirarem dinheiro do banco para investir no Brasil.

Fonte: http://www.implicante.org

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sábado, 17 de setembro de 2011

Pompa e vaias

Como era previsível, deixar a presidência e, consequentemente, perder as pompas e circunstâncias relativas ao cargo, é muito doloroso para o ego de L.I.

Nos últimos tempos, seu desespero vai se aliando a uma espécie de debilidade (junto com a grande amizade e favores da Odebrecht), que o faz aparecer em inaugurações, assinaturas de contratos, entrevistas e palpites sobre o governo, aparecer em fotos nos jornais com súditos à volta como se ainda fosse presidente e da república.

Mal acostumado, L.I. despirocou. Porém, aos poucos, as pessoas começam a reagir e tratá-lo como gostariam, sem que antes tivessem coragem. Parece que, depois de tantos anos de ditadura, também estão muito mal acostumadas e ainda se acanham, quando não deveriam.

É fácil perceber isso na reportagem abaixo, que saiu hoje no jornal. Sem contar que, nos últimos tempos, não é a primeira vez que L.I. recebe merecidas vaias .

SANTO ANDRÉ (SP) - O ex-presidente Lula perdeu a paciência nesta sexta-feira com jovens do movimento estudantil, que vaiaram o ministro da Educação, Fernando Haddad, seu candidato à prefeitura de São Paulo pelo PT. Com cartazes e faixas reivindicando 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, cerca de 20 estudantes gritaram palavras de ordem e vaiaram os políticos presentes ao aniversário de cinco anos da Universidade Federal do ABC (UFABC), em Santo André. Lula era um dos homenageados pela reitoria e teve de ouvir alguns jovens gritando "é tudo mentira" a cada feito de sua gestão narrado por ele.

- Gritar é bom, mas ter responsabilidade é muito melhor - disse ele, que afirmou: - Se tem uma coisa que aprendi a respeitar é o direito de as pessoas reivindicarem, porque, se não fosse assim, eu não seria presidente da República.

Outro grupo de 30 estudantes, numa plateia de 500 pessoas, carregava cartazes de apoio à greve de professores e acabou levando bronca do ex-presidente: - Se eu tivesse medo de greve, eu não teria feito as maiores e as melhores do país. (vejam o caso abaixo: Greve é bom, mas depende...)

Sobre o percentual para educação, Lula usou como exemplo a história de um filho que briga com a mãe porque quer R$ 10 para sair à noite e a mãe não tem o dinheiro. A comparação irritou os estudantes: - A mãe pode não ter dinheiro, mas hoje o governo tem - disse Rafael Nascimento, de 18 anos, da Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel).

Chamados por Haddad de estudante do PSOL e PSTU, os jovens disseram que não vaiaram a pessoa de Lula, mas "as políticas de hoje" e se disseram contrários ao ministro da Educação:

O ex-presidente defendeu Haddad e disse:

- Precisamos caminhar para ter 10% do PIB na Educação e ter uma parte do pré-sal (para o setor). Mas essas coisas não acontecem porque o cidadão se sente no direito de gritar. Essas coisas são construídas.

Greve é bom, mas depende...

- caso verídico, que está no livro Viagens com o Presidente -

Em 2006, ano eleitoral, durante um vôo L.I. chamou um auxiliar para uma rápida conversa. Queria saber quais seria a chance de ocorrerem greves em alguma categoria de servidores federais.

-Meu caro, onde você acha que pode ter greve neste ano? – perguntou, ainda muito docemente, ao seu subordinado.

L.I. começou a perder a paciência, assim que ouviu o INCRA e o IBAMA como resposta. Uma paralisação na autarquia da reforma agrária poderia atrapalhar a relação presidencial com o MST.

"-Puta que o pariu, assim não dá, porra!" – esbravejou o ex-sindicalista que passou a maior parte do tempo de ‘trabalhador’ incentivando os operários a entrarem em greve.

Fonte: http://puteiro-nacional.blogspot.com/

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sábado, 10 de setembro de 2011

Com quantas mentiras se faz uma Comissão da Verdade?

Eu estou aqui é para desafinar o coro dos contentes mesmo! Não que eu faça questão de ir sempre contra as unanimidades porque supostamente burras — algumas não são. Se fossem, então estaríamos diante de uma unanimidade… burra, certo? Eu gosto é de lógica e não gosto de coisas explicadas ou ditas pela metade.

O ex-terrorista José Genoino, hoje assessor do Ministério da Defesa, diz que os três comandantes militares estão tranqüilos com a instalação da Comissão da Verdade e que a apóiam. Pode ser. Eu nunca me senti obrigado a ter a bênção militar para pensar isso ou aquilo. Por isso, não apóio comissão nenhuma! Parece que Genoino, 40 anos depois, resolveu aderir a uma nova máxima: “Se até os militares gostam…” Vamos ao caso do dia.

A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário — aquela que foi a São Paulo deitar proselitismo contra a polícia mais eficiente do país —, esteve com a presidente Dilma e concedeu uma entrevista depois. Afirmou basicamente que espera contar com o apoio da oposição para a instalação da tal comissão e que nada divide, nesse particular, o governo e seus adversários. Certo.

A dita comissão, depois de uma longa negociação, vai contar a história oficial, segundo a ótica, dos direitos humanos, no período que vai de 1946 a 1985. O Brasil é um país exótico mesmo. Em 1946, dá-se a redemocratização, depois da ditadura do Estado Novo. Se era para ir tão longe, por que não chegar a 1937, quando Getúlio institui a ditadura escancarada — a de 1930 a 1937, foi uma ditadura mascarada. Alguém poderia dizer: “É que houve uma anistia!” Ah, bom!!! E a de 1979? Não vale? Quer dizer que vamos recontar 42 anos de história do Brasil e vamos deixar um ditador asqueroso, como o primeiro Getúlio, fora da parada por causa de oito aninhos só?

Essa história de voltar a 1946 é uma máscara hipócrita para inverter os algarismos: querem mesmo é se fixar no período que começa em 1964, nesse joguinho do doce revanchismo. A anistia de Getúlio, que torturou muito mais do que o regime militar, vale porque, afinal, vocês sabem, ele é o “nosso” (deles) doce ditador. Já a dos militares… É evidente que se trata de revanchismo soft, liofilizado, aparentemente cordato. A depender da evolução do debate, encrua-se a história.

“Se até o chefes militares concordam, quem é você para discordar?” Eu? Alguém com o direito de discordar dos militares, ora essa! A ditadura acabou, não é mesmo?

É curioso que os petistas, que vivem de satanizar os adversários, tentando lhes cassar a legitimidade para fazer política, se mostrem dispostos a dividir essa “dádiva”, não é?

Comissão da Verdade? O terrorista Carlos Lamarca foi admitido no panteão dos heróis, com pagamento de indenização e até promoção post mortem. Assim, foi adotado pelo estado brasileiro como homem de bem. A Comissão da Verdade pretende contar a VERDADE sobre, por exemplo, o assassinato covarde, com incríveis requintes de crueldade, do tenente Alberto Mendes Júnior, da Polícia Militar de São Paulo, comandada por aquele doce facínora? Contará a verdade sobre as 119 pessoas assassinadas (nomes, circunstâncias e assassinos aqui) pelos terroristas de esquerda?

Pois eu acho que não!

“Ai, como o Reinaldo é reacionário e direitista!” Sou, é? Acho bastante progressista, numa democracia, o respeito às leis. E o país aprovou uma Lei da Anistia. Essa é a questão de fundo. E há um outro aspecto importantíssimo, central mesmo: essa gente gosta de mistificar seu heroísmo passado para justificar suas lambanças presentes. Ao se fazerem de vítimas e de grandes paladinos da democracia, tentam justificar seus crimes de hoje.

Ah, sim: é bobagem me ofender. Já conheço todos os insultos. Quero argumentos convincentes, que não fiquem no puro proselitismo vitimista.

Por Reinaldo Azevedo

09/09/2011 às 18:39

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/

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Acordo permite prosseguimento do concurso do Incra

Qui, 08 de Setembro de 2011 16:52

Em audiência realizada no último dia 5 de setembro, na 2ª Vara Federal da Cidade de Belém, foi celebrado um acordo judicial entre o Incra, o Ministério Público Federal do Pará (MPF/PA) e o Instituto Cetro, encerrando ação civil pública ajuizada pelo MPF/PA, que impedia o prosseguimento do concurso para a contratação de 550 novos servidores para o Incra.

A seleção, iniciada em 2010 e organizada pelo Instituto Cetro, estava suspensa por decisão judicial. Com o acordo firmado, o certame terá prosseguimento por meio da aplicação de novas provas aos candidatos que não puderam realizá-las no ano passado, em virtude de tumultos ocorridos em alguns locais.

Novas provas

As novas provas serão aplicadas no dia 27 de novembro deste ano, para os candidatos prejudicados por incidentes durante a realização do concurso no colégio Geraldo Veloso, em Marabá; escolas Maestro Wilson Fonseca e Almirante Soares Dutra, em Santarém; e na sala 42 do Colégio Ulyssses Guimarães, em Belém (PA).

O Cetro, dentro de um prazo de 15 dias, contados da audiência, convocará - via email, telegrama ou carta - os candidatos com direito a realizar novas provas.

Para que não haja prejuízo aos candidatos já aprovados, ficou acordado que as novas provas terão o mesmo nível de dificuldade daquelas já realizadas e seguirão o mesmo conteúdo programático e prazos estabelecidos pelo Edital n.º 01/2010. O objetivo é garantir a equiparação dos testes e a consequente isonomia entre os participantes do concurso.

O acordo no Pará abre caminho para resolver o caso dos candidatos que tiveram problemas para realizar as provas em Natal (RN). Nos próximos dias, o Incra buscará uma solução definitiva, nos mesmos moldes, junto ao Ministério Público Federal e a Justiça Federal do Rio Grande do Norte.

Nomeação

O Incra vai iniciar, agora, os procedimentos administrativos para nomear os 105 aprovados para cargos que não estavam em disputa entre os candidatos que farão provas novamente. A nomeação está prevista para ser publicada nos próximos meses.

Orientação

Os candidatos que não realizaram as provas em Marabá, Santarém, Belém e Natal devem ficar atentos à convocação do Cetro nos próximos dias e para a realização dos novos testes em 27/11/2011. Mais informações serão disponibilizadas no site do Instituto Cetro (www.institutocetro.org.br).

Siga o Incra/Sede no Twitter: @Incra_oficial
http://twitter.com/#!/Incra_oficial

Fonte: http://www.incra.gov.br

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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Assentamento rural aguarda há dois anos conclusão de um serviço na caixa d'água

Obra inacabada já apresenta sinais de deterioração sem nunca ter sido utilizada

O problema de um serviço de caixa d’água inacabada continua prejudicando os moradores da zona rural de Mossoró. Há dois meses, a Inter Tv Cabugi mostrou a revolta dos moradores com o descaso mas até agora a solução não apareceu.

Confira na reportagem de Carlos Adams e Zenóbio Oliveira

Os moradores do assentamento Solidão em Mossoró continuam esperando a conclusão da obra da caixa d’água que já vem se arrastando há dois anos. Em maio nós mostramos o problema dos assentados.

– Está faltando muita coisa a ser concluída nessa obra. Uma adutora de 300 metros que era pra vir do poço até a comunidade e não chegou até agora e nós estamos esperando – diz Isaías Duarte, assentado.

Além da caixa d’água do assentamento Solidão, outros nove reservatórios com capacidade para 20 mil litros cada, continuam abandonados levando sol e chuva. Seu Tiquinho diz que o último serviço que o INCRA fez no assentamento foi colocar a caixa na estrutura de alvenaria a mais de 10 metros de altura.

– A instalação que eles fizeram foi tudo mal feita - afirma o agricultor, Francisco Targino “Tiquinho”.

Quando a caixa d'água foi colocada lá em cima da estrutura, os moradores pensaram que a situação da água começaria a ser resolvida no assentamento. Mas foi aí que apareceu um outro problema, as vigas de sustentação começaram a rachar, denunciando que os pilares feitos não oferecem segurança nem para aguentar a caixa de fibra seca , que pesa aproximadamente 280 quilos.

– Ainda não foi construída e já está com problemas . Está começando a trincar a viga, sujeito a cair em cima de uma criança ou de algum adulto que passar por perto e prejudicar a nossa comunidade- avalia - Djalma Pereira, agricultor.

O projeto das caixas d’água, que custou mais de 1 milhão e 200 mil reais aos cofres públicos, deveria beneficiar 10 comunidades rurais que sofrem com a falta d’água na região. No assentamento Solidão, enquanto o problema não é solucionado, os moradores improvisam o abastecimento com essa caixa de 5 mil litros.

– É um quebra-galho pra gente. Fica aí só para abastecer a comunidade e a gente fica aguardando a nossa obra que não foi concluída - afirma Isaías Duarte , agricultor.

Fonte: http://in360.globo.com/rn/noticias

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sábado, 16 de julho de 2011

Adiós, hermanos!


Santa Fé (Argentina), 16 jul (EFE).- Em um clássico de grandes emoções no estádio Brigadier Estanislao López, em Santa Fé, o Uruguai derrotou a Argentina por 5 a 4 na disputa por pênaltis, depois de empate em 1 a 1 no tempo normal, que persistiu na prorrogação, e enfrentará o Peru na primeira das semifinais da Copa América.

O jogo entre uruguaios e peruanos, que também neste sábado bateram a Colômbia por 2 a 0, também no tempo extra, acontecerá na próxima terça-feira, no estádio Ciudad de La Plata.

A etapa inicial do clássico nos primeiros 90 minutos foi de muita movimentação, e a 'Celeste' saiu em vantagem logo aos cinco minutos. Após cruzamento de Forlán, Cáceres cabeceou para boa defesa de Romero, que, no entanto, não conseguiu evitar o gol de Pérez no rebote.

A resposta dos anfitriões não demorou a ser dada. Aos 17 minutos, Messi desceu pela direita e levantou na cabeça de Higuaín. O centroavante do Real Madrid, que contra a Costa Rica perdeu muitos gols, desta vez finalizou com precisão, no canto do goleiro Muslera.

Ainda antes do intervalo, aos 38, Pérez cometeu falta violenta em Gago, recebeu o segundo cartão amarelo e deixou a equipe do técnico Oscar Tabárez com um a menos.

Já o segundo tempo foi de poucas emoções. Um dos lances mais importante depois da volta dos vestiários aconteceu no meio de campo, aos 41 minutos. Mascherano derrubou Suárez e também foi expulso.

Um minuto depois, Muslera salvou os uruguaios com duas defesas em sequência. Tévez cobrou falta, a bola desviou, e o arqueiro salvou com os pés, mas deu rebote. Higuaín tentou, e a bola estourou no peito do camisa 1, que garantiu a realização do tempo extra.

Ainda na primeira etapa da prorrogação, no melhor lance dos 30 minutos finais, Higuaín acertou uma bola na trave de Muslera. Aos dez minutos, o atacante do Real Madrid foi acionado na esquerda, entrou na área e bateu rasteiro, carimbando o poste direito.

Aos 11 da etapa final, Messi saiu fazendo final na zaga celeste e, já dentro da área, tentou o chute, mas foi travado pela marcação. Na sobra, o camisa 1 ficou com a bola.
Na disputa por pênaltis, Carlos Tévez, possível novo reforço do Corinthians, errou o terceiro pênalti da equipe da casa e determinou a eliminação.

Fonte: http://br.esportes.yahoo.com/noticias

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terça-feira, 12 de julho de 2011

PT atola o Brasil até o pescoço no mar de lama da corrupção.

Os últimos dias mostraram um retrato destes oito anos e meio de PT no poder.

Depois do Caso Palocci, que escancarou o tráfico de influência que campeia o Palácio do Planalto, ficou comprovado que o Dossiê dos Aloprados foi ordenado pelo candidato Aloisio Mercadante (PT-SP), se considerarmos o testemunho gravado do petista Expedito Veloso.

Também ficou comprovado que o Mensalão existiu, haja vista as alegações finais da Procuradoria Geral da República, que pede 111 anos de cadeia para José Dirceu, o "chefe da quadrilha", além da condenação de 37 envolvidos, muitos deles com posição de destaque na base de apoio do governo Dilma.

Como se não bastasse, acaba de cair toda a cúpula do Ministério dos Transportes, envolvendo um partido, o PR, que pode ser chamado de Partido da Roubalheira, em todos os tipos de fraude em obras públicas, com o objetivo de fazer caixa de campanha para si e, segundo um dos envolvidos, para a própria campanha de Dilma Rousseff.

Acham que pára por aqui?

Não, também tem a Petrobras favorecendo a empresa de um senador do PMDB em licitação, abrindo um rombo de algumas dezenas de milhões nos cofres da estatal. A nossa "PeTrolera", cada vez com mais cara de PDVSA, que hoje vale menos que o seu patrimônio, achou por bem bancar a fiscal municipal e desclassificar uma proposta cerca de 30% mais barata porque a empresa ofertante não conseguiria pagar um ISS de no máximo 5% na cidade de Macaé.

No campo fértil da corrupção nas estatais, o BNDES está sendo chamado a pagar a conta de quase R$ 4 bilhões para um supermercado brasileiro comprar um supermercado francês, criando um gigante que vai dominar 33% do mercado brasileiro e cujo dono, casualmente, foi cotado para ser ministro da Dilma e seu apoiador de primeira hora.

Mas não vamos ser injustos com o governo federal, como se ele fosse o único ator neste mar de lama.

O governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que governa o estado mais favorecido pelas obras do PAC, tem relações íntimas, turbinadas por potentes jatinhos e caríssimas festas em resorts, com o maior empreiteiro e com o maior empresário do Brasil, doadores e beneficiários de grandes projetos com dinheiro público, a maioria deles sem a devida licitação. Já o seu vice-governador, vulgo Pezão, um verdadeiro pé-de-chinelo perto de gang tão chique, acaba de desapropriar o cafofo do concunhado, por preço superfaturado, uma merreca de R$ 200 mil.

Querem a cereja do bolo? Então leiam o que José Dirceu, o "chefe da quadrilha" do Mensalão declarou em recente entrevista:

"Ocorre que nas hostes oposicionistas é costumeira a confusão entre o que se constitui loteamento de fato e o desejável e necessário preenchimento de cargos do alto escalão com critérios não somente técnicos, mas políticos... Em suma, não se pode atrair para funções-chave na administração pública pessoas alheias ou contrárias ao rumo maior de um governo -o que seria, inclusive, estelionato eleitoral".

Pelos últimos acontecimentos e pela qualidade do interlocutor, sem dúvida alguma o rumo maior deste governo é fazer do Brasil o país mais corrupto do mundo.

Fonte: http://lilicarabinabr.blogspot.com/

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segunda-feira, 11 de julho de 2011



Não houve propostas para leilão do trem-bala, diz ANTT

Como já era esperado pelo mercado, a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) confirmou há pouco, via Assessoria de Imprensa, que não houve nenhuma proposta para o leilão do trem-bala brasileiro, planejado para ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro.

Apesar da recomendação do Tribunal de Contas da União de alterações no edital e dos pedidos do setor privado para uma postergação do processo licitatório, o governo decidiu manter para hoje a entrega das propostas. Mas no período estipulado, de 9 às 14 horas, nenhum investidor apareceu para esse fim na BM&FBovespa, em São Paulo.

O leilão estava marcado para o próximo dia 29. Mas como ocorreu o chamado no show, o governo deverá dar um novo prazo ou suspender o processo. Às 17 horas, o diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, dará entrevista coletiva na sede da agência para prestar maiores esclarecimentos sobre o processo daqui para a frente.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com

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sábado, 9 de julho de 2011

ESTÁ TUDO DOMINADO



O sujeito me parou na rua: "Cadê os caras-pintadas? Cadê os caras-pintadas?" A mão no meu peito parecia disposta a impedir qualquer possibilidade de que a pergunta ou o perguntador fossem driblados. Era preciso responder. Respondi: "Você não está querendo sugerir que os caras-pintadas expressavam espontaneamente uma sentida revolta popular, está?". Ele me olhou surpres o: "Como que não? Como que não?". Em sua indignação ele dizia tudo duas vezes. Acho que uma para si mesmo e outra para mim.

Tentarei resumir o que falei àquele meu interlocutor. Ele não sabia que contingentes expressivos de caras-pintadas saíram às ruas para derrubar o Collor, não só porque ele forneceu motivos, mas, principalmente, porque faziam parte de uma grande corrente aparelhada pelo PT e seus parceiros, ou foram por ela levados a pintar o rosto.

Há muitos anos, desde antes da nossa redemocratização, teve início um processo revolucionário, de ação gradual, mediante infiltração e ocupação de espaços para tomada do poder através da cultura. Não foi e não é um fenômeno apenas brasileiro ou latino-americano. Trata-se de algo que aconteceu e segue acontecendo em todo o Ocidente. O Foro de São Paulo organiza o trabalho na América Latina e no Caribe e o Brasil é um dos casos de sucesso. A revolução é cultural, mas o objetivo é político: a esquerda no poder, para ficar.

A melhor maneira de mostrar o que aconteceu é adotar como ponto de partida não uma sequência cronológica de fatos, mas exibir a obra já feita, o produto acabado, porque não há consequência sem causa. Não há laranja sem que tenha havido laranjeira. Não há corrente sem que elos sejam criados e unidos. Não há hegemonia sem construção de hegemonia.

Vamos, então, às laranjas. Recentemente, houve eleição para o sindicato dos professores do Rio Grande do Sul. Digladiaram-se três chapas, sendo duas encabeçadas por petistas. A eleição se travou no que deveria ser o pior período possível para essas duas chapas. O magistério estadual acabara de ver frustradas as expectativas de que o governo Tarso fosse atender as exigências que seu partido, em coro com as lideranças classistas, fazia aos que o antecederam no Piratini. Calote puro e simples. Não bastante isso, o PT estava, nesses mesmos dias, adicionalmente, elevando a alíquota de contribuição previdenciária de todos os servidores com vencimentos superiores a R$ 3,6 mil. Pois o pacote de maldades em nada afetou o alinhamento ideológico do magistério público. As duas chapas de esquerda perfizeram mais de 90% dos votos! Por quê? Porque para gente bem doutrinada o projeto político subordina tudo e todos.

Com raras, raríssimas exceções, quando contemplamos, em visão de conjunto, a educação nacional, pública ou privada, leiga ou religiosa, em todos os níveis, a situação é a mesma. Através da Educação e seus agentes, já nas salas de aula do ensino fundamental, a hegemonia vai subindo os degraus do sistema, envolvendo professores e alunos. Não é por acaso que a UNE vem sendo comandada pelo PCdoB desde quando o Aldo Rebelo era adolescente. A porta de entrada dos cursos de pós-graduação raramente não inclui uma banca com o poder de filtrar as ideias que ganharão assento nas salas de aula. Daí para o domínio das carreiras de Estado, dos concursos públicos, e até mesmo de suas provas, não vai mais do que um passo de dedo.

Assim, aos poucos, as teses da esquerda foram vestindo toga e chegaram aos tribunais. Primeiro, como vozes discordantes. Mais tarde, nas câmaras, os desembargadores comprometidos com a revolução pela cultura perdiam por 2 a 1. Depois, inverteram o placar. Aos poucos, passaram a controlar os Plenos. Chegaram aos tribunais superiores. Hoje dominam o STF.

Mais laranjas da mesma laranjeira podem ser contempladas na mídia. Os textos que saem das redações, as pautas, os enfoques, as análises servem notavelmente à revolução através da cultura. Direita não presta, conservador é nome feio, as religiões são culpadas por todos os males, católicos são seres desprezíveis. Pouco importa que a posição editorial seja diferente quando a informação, o comentário, o tópico mais lido, a manchete que resume a matéria, o tom de voz do locutor experiente, a imagem selecionada para ir à tela, afirmam num outro viés. Na televisão, a hegemonia da Rede Globo facilitou o projeto, mormente no que se relaciona com o enfraquecimento da instituição familiar, a lassidão dos costumes, a agenda gay, a ridicularização da religião e dos valores ainda apreciados pela sociedade.

Mesmo que escrutine os escaninhos da memória, não é de meu conhecimento instituição mais una do que a Igreja Católica, ao menos nos últimos cinco séculos. Pois esse baluarte foi rompido internamente por dissensos ideológicos promovidos pela mesmíssima revolução através da cultura. Não há o que os dois últimos pontífices tenham afirmado desde 1978 que seja capaz de afastar a CNBB, a maioria dos bispos, padres e seminaristas da herética Teologia da Libertação (TL). Nada nem ninguém prestou melhor serviço à hegemonia da esquerda do que a TL quando substituiu o pobre dos Evangelhos pelo excluído em nome do qual ela se proclama formulada. O pobre dos Evangelhos é objeto da caridade cristã, da virtude do amor ao próximo. O excluído da TL é parte ativa de um projeto revolucionário. Serviço feito.

Eu poderia prosseguir, apontando obviedades como a hegemonia exercida sobre os sindicatos e suas centrais, os movimentos sociais, a Justiça do Trabalho, a maior parte dos conselhos profissionais e suas confederações, as associações de bairro, e por aí afora. Mas não creio que seja mais necessário. Já provei o que queria. Note-se: tudo isso foi feito antes de Lula chegar lá.

Quando ele chegou, completou o serviço promovendo o encontro de todas essas estruturas - que o PT chama de "sociedade civil organizada" (por ele, claro) - com a brutal concentração de poderes que constitucionalmente convergem à pessoa do presidente e ao seu partido: chefia simultânea do Estado, do governo e da administração, das estatais e fundos de pensão; comando das principais fontes de financiamento interno (BB, BNDES, CEF), de 24% do PIB nacional, de poderosas e polpudas contas de publicidade capazes de excitar favoravelmente parcela expressiva da mídia; poderes para legislar por medida provisória, nomear ministros dos tribunais superiores, conceder e renovar concessões de emissoras de rádio e tevê, criar e distribuir cargos e favores.

Se o partido do governo detém tal poder e, simultaneamente, controla tudo que está organizado na sociedade, de onde, raios, poderão surgir os caras-pintadas? Das piedosas senhoras idosas da hora do Ângelus? Do clube de mães da vila Caiu-do-céu? O que podem eventuais organizações não alinhadas, dispersas e desprovidas de qualquer poder, contra quem coloca quatro milhões de militantes numa Parada Gay?

Nesse ponto, meu interlocutor já queria ir embora e era eu que o travava colocando a mão sobre seu peito. "Mas ainda existe a oposição! Ainda existe a oposição!", bradou, por fim, em sua desesperada dose dupla de santa ira. "Oposição? Não há oposição política no mundo capaz, neste momento, de sequer arranhar a teflon da máquina hegemônica petista. A blindagem não é do Palocci, da Erenilda, do Lula ou do filho do Lula. O que está blindado é o projeto revolucionário, o projeto de poder. É de setores do próprio PT que surgem, eventualmente, problemas para o PT. E quando a oposição política mais forte leva o nome de "dissidência", é porque está tudo dominado e o totalitarismo está instalado". Quod erat demonstrandum.

Percival Puggina (66) é titular do blog www.puggina.org, arquiteto, empresário e escritor, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões.

Fonte: http://lilicarabinabr.blogspot.com/

Editado por ZeRepolho

Advogado de Marcos Valério quer provar que mensalão nunca existiu



Apontado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, como principal operador do mensalão, o empresário Marcos Valério disse nesta sexta-feira (8/7), por meio do advogado dele, Marcelo Leonardo, que as alegações finais do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, entregues ontem (7) ao Supremo Tribunal Federal (STF), não representam “nenhuma novidade”. Como parte da defesa que fará no STF, o advogado disse que pretende comprovar que o mensalão não existiu.

“As alegações finais do procurador-geral da República constituem uma repetição da denúncia, o que é natural por parte do órgão oficial de acusação. Portanto, para nós, não representam nenhuma novidade. Era de se esperar que ele pedisse a condenação das pessoas em relação às quais foram oferecidas denúncia”, disse o advogado de Marcos Valério à Agência Brasil.

Ele adiantou que, na volta do recesso do STF, em agosto, pretender mostrar aos ministros que não houve o chamado mensalão, mas sim, crime de caixa dois durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República.

“Na nossa visão, na instrução do processo na fase judicial, as provas foram amplamente favoráveis à defesa. Vamos fazer uma exposição para mostrar a profunda diferença que existe entre a visão do procurador (Gurgel) e da defesa’, argumentou Leonardo.

O advogado sustenta que o mensalão não existiu nem para as testemunhas do processo. “Foram ouvidas mais de 600 testemunhas no processo e nenhuma delas fala que os parlamentares da base aliada receberam dinheiro para votar a favor do governo. De todas as testemunhas ouvidas, não teve uma sequer que confirmasse a versão atribuída ao ex-deputado Roberto Jefferson (autor das denúncias de existência de um esquema para compra de apoio político por parte do governo Lula)”.

Com base nos depoimentos colhidos até agora, o advogado sustenta que o que houve foi um acordo entre os partidos para o pagamento de “colaboração nas respectivas campanhas eleitorais e os valores recebidos eram destinados para custear despesas de campanha”. Assim, estaria caracterizado, segundo Marcelo Leonardo, apenas crime eleitoral, e não crime de corrupção.

“Caixa dois é crime eleitoral. Uma coisa é a acusação de corrupção passiva (considerada mais grave e com penas mais altas), outra é a existência de caixa dois de campanha eleitoral. Um está definido no Código Penal e outro no Código Eleitoral e as penas respectivas são completamente diferentes”, pontuou.

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br

Editado por ZeRepolho

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Reforma Agrária: enfrentar o latifúndio e democratizar o campo.

Oito anos e meio após a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva ao poder, a reforma agrária ainda enfrenta entraves no país. Apesar dos avanços conquistados na área social, a concentração de terra cresceu cerca de 1%, segundo dados divulgados em 2009 pelo IBGE. Com isso, os índices de desigualdade aumentam, a agricultura familiar perde espaço e o setor produtivo no campo sofre desvalorização. Fica para o governo Dilma retomar a questão, apresentando uma política mais efetiva para o problema. Por Fabíola Perez

Eles acordam e logo cedo já vão para as cooperativas cuidar da plantação. Lá, os pequenos agricultores cultivam arroz, feijão, alface, mandioca, entre outros produtos que compõem o prato dos brasileiros. Mais precisamente, 75% dos alimentos produzidos e consumidos no país vêm da agricultura familiar e 25% ficam por conta do agronegócio.

“O objetivo do agronegócio não é produzir alimentos que vão para a mesa das pessoas, ele está voltado à produção de soja, milho, cana-de-açúcar e carne bovina. Quase 100% dessa produção são destinados à exportação, e o Brasil tem se especializado cada vez mais em produzir essas commodities”, explica o membro da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Antonio Neto.

De acordo com Neto, a política de reforma agrária que existe hoje no Brasil é uma continuidade dos últimos anos. “Uma política que não enfrenta o latifúndio, não mexe na concentração de terra, que é a raiz do problema”. O coordenador explica que o principal problema do agronegócio é que ele mantém uma estrutura histórica baseada na concentração de renda, de terra, na monocultura e na exportação. “O agronegócio demanda uma grande quantidade de terra especializada e de agrotóxico. O Brasil se tornou um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. Cada brasileiro consume seis litros de agrotóxicos por ano”, estima Neto.

A política de geração de empregos no campo, segundo Neto, também não é incentivada pelo agronegócio. Ao contrário, com a produção muito mecanizada, um hectare de terra é capaz de produzir apenas um emprego direto. Com a agricultura familiar, explica ele, o número de trabalhadores empregados chega a quadruplicar. “Somos a favor de uma tecnologia que favoreça a produção diversificada”.

Para João Pedro Stedile, membro da coordenação nacional da Via Campesina e também do MST, a necessidade de um programa sério e massivo de reforma agrária para fixar a população no campo e combater o êxodo rural é pujante. O movimento defende um programa de difusão de agroindústrias cooperativas por todo o país, combinado com políticas de produção de alimentos sadios, preservação de sementes e difusão de técnicas agroecológicas, que evitem o uso de agrotóxicos.

Para o secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), David Wylkerson Rodrigues de Souza, a alternativa mais eficiente para promover a reforma agrária no país ainda é a mobilização dos agricultores e uma pressão mais efetiva por parte do governo. “Acreditamos na conscientização das massas, sem atingir direitos de terceiros, mas reivindicando o direito daqueles que querem um pedaço de terra para plantar e produzir”, enfatiza.

Atualmente, cerca de sete milhões de trabalhadores rurais não têm acesso à terra. Para Wylkerson, um dos fatores responsáveis pela má distribuição de terra no Brasil é a falta de vontade e de decisão política. “Só com os instrumentos criados pelo governo não houve muitos avanços. Existe uma desigualdade na ocupação dos espaços de poder, o poder econômico, por exemplo, está nas mãos do latifúndio”, explica o secretário.

Balanço de governo

Embora a concentração de terra tenha sofrido um aumento durante da gestão do ex-presidente Lula, uma das políticas que merece reconhecimento, segundo Wylkerson, é a dos assentamentos. De acordo com o secretário-geral da Contag, a qualidade e a infraestrutura oferecida nos assentamentos evoluiu. “Quando uma área é transformada em assentamento, lutamos para a região ter eletrificação, saneamento básico e condições mínimas para viver”, conta ele. “Nesse aspecto, a política evoluiu bastante. Antes, só se dava a terra para o agricultor se virar, hoje as residências são de mais qualidade”.

Para Wilkerson, foi também durante os últimos anos que os movimentos sociais deixaram de ser marginalizados. “O governo reconheceu a importância da luta política pelo direito à terra e passou a estabelecer um diálogo com os movimentos sociais ”, afirma. Para o próximo ano de governo da presidente Dilma Rousseff, o secretário revela que a Contag terá como desafio a revisão dos índices de produtividade da terra. Com isso, explica ele, a tendência natural é que a concentração de terra diminua e haja um estímulo para o desenvolvimento no campo.

No último mês de maio, o governo lançou o Plano Nacional de Erradicação da Pobreza Extrema, que pretende contemplar 1,5 milhão de famílias que ainda não têm acesso ao Bolsa Família e vivem em condição de pobreza extrema. Entretanto, para o membro da coordenação do MST, a miséria não será combatida sem a implementação da reforma agrária. “Queremos uma política de geração de empregos que valorize a atuação no campo, que direcione recursos e permita a prática de uma política de agroindustrialização”, defende Neto.

Os números são alarmantes. A sociedade brasileira está entre as dez mais desiguais do mundo. Apenas 5% das famílias mais ricas controlam quase metade de toda a riqueza produzida a cada ano. Um por cento dos grandes proprietários de terra que possuem fazendas acima de mil hectares são donos de 40% de todas as terras do país. É sob este contexto que Neto caracteriza a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) como porta-voz do agronegócio. “A CNA centraliza os maiores produtores rurais, os grandes responsáveis pelas mortes no campo. E ainda quer propagandear que o agronegócio é o responsável pelo desenvolvimento no país”, ressalta.

Agroindustrialização

Para o agrônomo e secretário de Organização do PCdoB-SP, Marcelo Cardia, o Brasil conheceu algumas oportunidades históricas para promover a reforma agrária. “Desde o fim da escravidão, quando a mão de obra deixou de ser escrava, passando pela revolução de 1930 e pelo golpe militar de 1964, até a Nova República, em 1988, a política brasileira criou cenários favoráveis a uma melhor distribuição de terras”, analisa ele.

Segundo Cardia, até a década de 1960 a maioria da população era rural e a minoria, urbana. “No início dos anos 1960, a reforma agrária era necessária para o desenvolvimento das forças produtivas no campo. Após esse período, o capitalismo passa a ser hegemônico, então, a reforma agrária deixa de ser necessária para o desenvolvimento econômico do capitalismo. O capitalismo se desenvolveu no campo e o Brasil é uma potência agrícola”, explica.

Cardia avalia que atualmente a reforma agrária deve ser compreendida não apenas como uma redistribuição de terras. “Antigamente, para se produzir, bastava oferecer a terra e o trabalho. Hoje, é necessário oferecer a terra, o trabalho e os insumos de serviços industriais como, por exemplo, máquinas e sementes. A cadeia produtiva tem uma série de exigências”, pontua ele. “A agricultura faz parte dessa cadeia, que não pode ser tratada de maneira isolada. O seu desenvolvimento depende da indústria e do comércio”, alerta.

É da ideia de que não existe reforma agrária sem um processo de industrialização que nasce o conceito de agroindustrialização. Cardia ressalta que, mesmo com um aumento na concentração de terra, o Brasil desenvolveu sua agricultura. Para ele, o modelo ideal de reforma agrária está baseado na distribuição de terras com base na organização de cooperativas, agroindústrias e na agricultura familiar.

“A terra deve ser parcelada em forma de propriedade familiar, em regime cooperativo, com acesso ao crédito e à técnica, a equipamentos, preço mínimo, seguro agrícola, e direcionada para uma agroindústria avançada, de modo a elevar a qualidade de vida dos trabalhadores e de suas famílias”, defende Cardia.

Fonte: http://www.vermelho.org.br

Editado por ZeRepolho

Pedido de prisão dos réus é um avanço, diz relator da CPI dos Correios.


O pedido de prisão de 36 das 40 pessoas apontadas pela CPI dos Correios, em 2006, como participantes no mensalão, um esquema de compra de apoio político no Congresso Nacional, representa um avanço da Justiça brasileira no combate aos crimes de “colarinho branco”. A afirmação é do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), na época relator da comissão e responsável pelo requerimento à Procuradoria-Geral da República de indiciamento dos apontados como envolvidos no esquema, entre eles, o então chefe da Casa Civil, José Dirceu, e o atual secretário-geral do PR, Valdemar Costa Neto (SP).

Serraglio disse que fica satisfeito, porque não há interferência nas investigações conduzidas pelo Ministério Público. "Neste momento, o procurador Roberto Gurgel terá o mandato renovado, não foi sabatinado pelo Senado, e já atua com independência. Com certeza, já foi um avanço (no combate aos crimes de colarinho branco), uma melhora absoluta.”

Para o deputado, o julgamento das 36 pessoas denunciadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) será um momento histórico para o país. Ele acredita que, até o fim deste ano ou início de 2012, os ministros do Supremo estarão prontos para julgar os denunciados no esquema de corrupção que ficou conhecido como mensalão.

“No fim do ano, ou no início do ano que vem, o Supremo dedicará dois, três ou quatro dias, com sessões de manhã, de tarde e de noite, dedicado só a isso. Como são muitos os réus, serão muitos advogados, cada um com 20 minutos para falar. Imagina até onde vai isso”, ressaltou Serraglio, para dar a dimensão do julgamento.

Das 40 pessoas inicialmente apontadas como participantes do mensalão, a Procuradoria-Geral da República excluiu quatro: José Janene, ex-deputado do PP, já falecido; Luiz Gushiken, ex-ministro da Secretaria de Comunicação, por falta de provas; o ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira, que fez acordo com o Ministério Público para não ser processado em troca da prestação de serviços comunitários; e Antônio Lamas, irmão de Jacinto Lamas, um dos operadores do esquema e assessor do secretário-geral do PR, Valdemar Costa Neto, na época presidente do PL.

O líder do DEM na Câmara, Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), um dos sub-relatores da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, disse esperar que o STF conclua “com rapidez” o julgamento dos indiciados. “A CPI dos Correios merece destaque porque foi a última comissão de inquérito que deu resultado. Daí em diante, o governo passou a manobrar para que as CPIs não tivessem andamento e, agora, com absoluta maioria, impede essa prerrogativa garantida à minoria”, acrescentou.

O presidente do Senado e do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), limitou-se a dizer que o procurador Roberto Gurgel cumpriu o prazo que tinha para encaminhar as alegações finais dos pedidos de condenação ao Supremo. Para Sarney, a mensagem que se passa para a opinião pública é de que os processos estão “caminhando”. Segundo ele, ainda “levará algum tempo” para a conclusão e julgamento da ação, uma vez que as pessoas apontadas como integrantes do mensalão farão, agora, sua defesa.

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br

Editado por ZeRepolho

Reforma agrária: uma “história de oportunidades perdidas"

Há mais de 70 anos, a questão fundiária vem sendo debatida por diferentes governos no Brasil. Neste contexto, a reforma agrária se consagra como artifício fundamental para reduzir a desigualdade e avançar na redistribuição de terra. Críticos do descaso do Estado com o tema, especialistas apontam a ausência de políticas públicas para o desenvolvimento do campo. Para eles, a reforma é alvo de uma “síndrome de ausência do compromisso” e, de tempos em tempos, é excluída da agenda política nacional. Por Fabíola Perez

“A reforma agrária no Brasil é uma história de oportunidades perdidas”. É com essa frase que o professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) José Juliano de Carvalho Filho avalia a questão fundiária no país. Para ele, que também é membro da Associação Brasileira da Reforma Agrária (Abra), o compromisso político com o tema desapareceu e hoje a reforma agrária já não está entre as perspectivas do governo.

Leia também: Reforma Agrária: enfrentar o latifúndio e democratizar o campo

Segundo o especialista, promover a reforma significa distribuir riquezas, terras improdutivas e, sobretudo, saber exatamente a quem as mudanças serão destinadas. “Todo o modelo econômico do país precisa ser repensado e isso exige muita conscientização popular. Trata-se de uma nova maneira de enxergar o país e de pensar o seu desenvolvimento”, explica Carvalho.

Crítico da ausência de políticas públicas para sanar o problema, o professor afirma que a reforma agrária “nunca deixou de ser uma pequena política” aos olhos do poder público. A grande política, explica, está nos ministérios da Fazenda, da Agricultura – daí a história de frustrações contínuas.

Do lado do governo, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, tem afirmado que a distribuição de renda e a reforma estão no centro do modelo de desenvolvimento adotado pela atual gestão. Em recente entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro rebateu as críticas dos movimentos sociais e negou que a situação esteja parada. “A reforma agrária no Brasil está sendo feita dentro das regras da lei e do pressuposto da responsabilidade fiscal, com o orçamento”, explica.

Diferentemente de seus antecessores, Florence – que ocupa o ministério há seis meses – não anunciou a ampliação da reforma com grandes metas de novos assentamentos e vem insistindo na chamada inclusão produtiva. De acordo com o ministro, dos 28 milhões dos brasileiros que o governo anuncia que saíram da pobreza, 4,8 milhões estão na área rural, e 60% desse contingente teve um incremento da renda de trabalho – segundo Florence, graças ao apoio dado à agricultura familiar. “Há uma nova dinâmica de mercado, uma nova dinâmica na produção de alimentos”, acredita.

No entanto, pesquisas ainda apontam o Brasil como o país com a décima maior concentração de renda do mundo, sobretudo no que se refere à estrutura fundiária. “Foi durante o regime militar que se iniciou o processo de modernização da agricultura brasileira – o país alcançou um desenvolvimento capitalista. Nos anos 1970, a modernização adotou um caráter conservador”, comenta o professor. Segundo ele, hoje a situação surge de uma maneira ainda pior. “Agora, é o capital transnacional que comanda sem barreiras todo o processo”, pontua o especialista.

Carvalho explica que as consequências desse processo impactam principalmente nas condições de trabalho no campo. De acordo com ele, alguns estudos comprovam casos de morte de trabalhadores devido à exaustão física. A esperança de obtenção de empregos cai por chão com a exigência da mão de obra especializada. “As máquinas usadas ao longo do processo já detêm a tecnologia necessária”, enfatiza.

Para realizar a reforma agrária e reverter o cenário de desigualdade social no país, o especialista aposta na conscientização popular. “O caminho para conseguirmos promover a reforma passa pela conscientização pública, que é muito difícil de ser conquistada, considerando que todos os meios de comunicação adotam uma postura totalmente conservadora e contrária ao debate”, acredita Carvalho. “O grande problema no Brasil é que não se admite que o pobre seja livre – se ele for, será reprimido. Isso já ocorreu em vários períodos da história brasileira”.

Compromisso histórico

A luta pela reforma agrária no Brasil também é marcada pela força e pressão dos movimentos sociais que, ao longo de diferentes momentos históricos, ajudaram os camponeses a reivindicar direitos pela terra junto ao governo. Porém, essa batalha só ganhou um viés político, de fato, com as Ligas Camponesas, fundadas em 1945, em Pernambuco, sob a coordenação do Partido Comunista do Brasil.

Nos anos seguintes, o país protagonizou uma evolução considerável nas lutas reivindicatórias. É a partir de 1961, no 1º Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais, que as Ligas assumem abertamente a luta pela reforma agrária e, com isso, algumas lideranças passam a ser alvo frequente de repressão. Às vésperas do golpe militar de 1964, lideranças políticas acusaram as Ligas Camponesas e as medidas reformistas tomadas pelo presidente João Goulart de serem o estopim para a “revolução”.

Após esse período de ruptura, em decorrência da extinção das Ligas e do início da ditadura, a luta pela reforma agrária volta a ganhar força em 1979, impulsionada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). E, finalmente, na década de 1980, surge o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), com o apoio das Comissões Pastorais da Terra (CPTs) – movimento de luta camponesa com a colaboração da Igreja Católica –, dos partidos de esquerda e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Com o Plano Nacional de Reforma Agrária, em 1984, o movimento ganha projeção nacional, fortalecendo a ocupação de terras previstas para serem desapropriadas e pressionando o governo para assentar famílias instaladas em acampamentos. “É interessante notar como a reforma agrária é recolocada na agenda pública. Ela não é abordada essencialmente por intelectuais ou por políticos – é trazida pelos movimentos que, por meio de batalhas e massacres, tentam estabelecer um diálogo com os governantes”, ressalta Carvalho.

Hoje, analisa o especialista, ao olhar para o modelo de desenvolvimento adotado no Brasil desde o início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), percebe-se que o país voltou ao modelo primário exportador.

“Os produtos de baixo valor estão crescendo na pauta da exportação. O balanço comercial favorece cada vez mais a exportação de commodities, e o governo fica refém das forças mais retrógradas no Congresso”, explica Carvalho. “Esse modelo, que não prioriza a reforma agrária, não vai nos levar a ser potência”.

Fonte: http://www.vermelho.org.br

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domingo, 3 de julho de 2011

Fim da árvore genealógica...

Por Maria Helena R. R. de Sousa

Mãe, vou casar!
Jura, meu filho?! Estou tão feliz! Quem é a moça?
Não é moça. Vou casar com um moço... O nome dele é Murilo.
Você falou Murilo??? Ou foi meu cérebro que sofreu um pequeno surto psicótico?
Eu falei Murilo. Por que, mãe? Tá acontecendo alguma coisa?
Nada, não... Só minha visão que está um pouco turva. E meu coração, que talvez dê uma parada. No mais, tá tudo ótimo.
Se você tiver algum problema em relação a isto, melhor falar logo...
Problema? Problema nenhum. Só pensei que algum dia ia ter uma nora... Ou isso.
Você vai ter uma nora. Só que uma nora... Meio macho.
Ou um genro meio fêmea. Resumindo: uma nora quase macho, tendendo a um genro quase fêmea... E quando eu vou conhecer o meu. A minha... O Murilo?
Pode chamar ele de Biscoito. É o apelido.
Tá! Biscoito... Já gostei dele... Alguém com esse apelido só pode ser uma pessoa bacana. Quando o Biscoito vem aqui?
Por quê?
Por nada. Só pra eu poder desacordar seu pai com antecedência.
Você acha que o Papai não vai aceitar?
Claro que vai aceitar! Lógico que vai. Só não sei se ele vai sobreviver... Mas isso também é uma bobagem. Ele morre sabendo que você achou sua cara-metade. E olha que espetáculo: as duas metades com bigode.
Mãe, que besteira ... Hoje em dia ... Praticamente todos os meus amigos são gays.
Só espero que tenha sobrado algum que não seja... Pra poder apresentar pra tua irmã.
A Bel já tá namorando.
A Bel? Namorando?! Ela não me falou nada... Quem é?
Uma tal de Veruska.
Como?
Veruska...
Ah!, bom! Que susto! Pensei que você tivesse falado Veruska.
Mãe!!!...
Tá..., tá..., tudo bem... Se vocês são felizes. Só fico triste porque não vou ter um neto.
Por que não? Eu e o Biscoito queremos dois filhos. Eu vou doar os espermatozóides e a ex-namorada do Biscoito vai doar os óvulos.
Ex-namorada? O Biscoito tem ex-namorada?
Quando ele era hétero... A Veruska.
Que Veruska?
Namorada da Bel...
"Peraí". A ex-namorada do teu atual namorado... E a atual namorada da tua irmã que é minha filha também... Que se chama Bel. É isso? Porque eu me perdi um pouco...
É isso. Pois é... A Veruska doou os óvulos. E nós vamos alugar um útero...
De quem?
Da Bel.
Mas logo da Bel?! Quer dizer então... Que a Bel vai gerar um filho teu e do Biscoito.
Com o teu espermatozóide e com o óvulo da namorada dela, que é a Veruska?
Isso.
Essa criança, de uma certa forma, vai ser tua filha, filha do Biscoito, filha da Veruska e filha da Bel.
Em termos...
A criança vai ter duas mães: você e o Biscoito. E dois pais: a Veruska e a Bel.
Por aí...
Por outro lado, a Bel.... além de mãe, é tia... ou tio... Porque é tua irmã.
Exato. E ano que vem vamos ter um segundo filho. Aí o Biscoito é que entra com o espermatozóide. Que dessa vez vai ser gerado no ventre da Veruska... Com o óvulo da Bel. A gente só vai trocar.
Só trocar, né? Agora o óvulo vai ser da Bel. E o ventre da Veruska.
Exato!
Agora eu entendi! Agora eu realmente entendi...
Entendeu o quê?
Entendi que é uma espécie de swing dos tempos modernos!
Que swing, mãe?!!
É swing, sim! Uma troca de casais... Com os óvulos e os espermatozóides, uma hora no útero de uma, outra hora no útero de outra...
Mas...
Mas uns tomates! Isso é um bacanal de última geração! E pior... Com incesto no meio...
A Bel e a Veruska só vão ajudar na concepção do nosso filho, só isso...
Sei!!! E quando elas quiserem ter filhos...
Nós ajudamos.
Quer saber? No final das contas não entendi mais nada. Não entendi quem vai ser mãe de quem, quem vai ser pai de quem, de quem vai ser o útero, o espermatozóide.
A única coisa que eu entendi é que...
Que....?
Fazer árvore genealógica daqui pra frente... vai ser... fogo!

Fonte: http://homorrealidade.blogspot.com

Editado por ZeRepolho

segunda-feira, 13 de junho de 2011

É dando que se recebe. Mesmo quando se dá o que é dos outros.

Ideli Salvatti promete acelerar
a distribuição de cargos e de emendas

A nova ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, toma posse hoje. Para mostrar que entende muito do novo cargo, foi logo mostrando seu poder de 'articular', com promessa, aos famintos, de agir com rapidez na distribuição de cargos no segundo e terceiro escalões.

Porém não esqueceu de avisar que não há 'espaço' para todos. Que tenham paciência para esperar no armário de empregos do governo. Certamente nenhum deles será esquecido, a não ser que não sirvam mais para os interesses espúrios.

Além dessa promessa indecente, Ideli acenou com a liberação de R$ 250.000.000,00 , referentes a emendas parlamentares. Sabe-se lá que emendas serão essas.

A articulação inicial da nova ministra é mais um sintoma da patifaria que se tornou banal no meio político brasileiro. Uma gente sem caráter, que banalizou a desonestidade a tal ponto, que se sente inteiramente à vontade diante de um povo que não enxerga mais o que há de torpe no comportamento da politicalha.

Que exponham sua roubalheira, suas mentiras escancaradas, seus conchavos. Nada mais assusta essa gentalha que assumiu a falsa imagem de 'gente de bem' em defesa da pátria.

Um ou outro que um dia pediu demissão do cargo ou até se suicidou com vergonha de ver seu pecado descoberto, deve lamentar ter nascido na época errada ou no país errado.

Com muito esforço ainda será possível impedir que a safadeza se torne um mal intrínseco, adquirido pelos jovens que se acostumaram a viver confortavelmente no meio desse lamaçal.

Fonte: http://puteiro-nacional.blogspot.com/

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Especialistas em urânio vem ao Brasil ...

Especialistas em urânio vêm ao Brasil estudar o Palocci enriquecido.
A ONU vai enviar cientistas especialistas em Urânio ao Brasil para investigar o Palocci enriquecido. O governo brasileiro vem resistindo à medida, alegando que o enriquecimento de Palocci tem fins pacíficos e não é necessário investigação. O alto-comissariado da ONU, porém, teme pelos efeitos colaterais. “Ele multiplicou seu patrimônio por 20 em quatro anos. Se ele continuar crescendo nesse ritmo, em dez anos terá todo o dinheiro do planeta”, disse um técnico que participará da missão.

Fonte: http://www.sensacionalista.com.br

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domingo, 12 de junho de 2011

Diante do ocorrido, não há diplomacia que se sustente". Pior que tudo isso está acontecendo por causa de alguém que não vale o sal que come!

Itália eleva tom de críticas contra o Brasil

"Diante do ocorrido, não há diplomacia que se sustente", afirmou o ministro de Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini

Redação Época –

A Itália mudou seu discurso e elevou a pressão sobre o Brasil por causa da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de soltar o ex-ativista Cesare Battisti. Roma suspendeu acordos políticos com Brasília, chamou seu embaixador de volta e agora acusa o governo Dilma Rousseff de ter pressioando politicamente o STF para libertar Battisti.

"Diante do ocorrido, não há diplomacia que se sustente", afirmou o ministro de Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, em uma clara alusão à troca de posicionamento. político.

Até então, o governo de Silvio Berlusconi anunciara que não tomaria qualquer tipo de iniciativa diplomática contra o Brasil, embora já tivesse dito que levaria o caso à Corte Internacional de Haia. O discurso, porém, mudou a mando do próprio primeiro-ministro italiano, e o tom das críticas subiu consideravelmente.

"Havíamos esperado uma decisão serena da autoridade brasileira. No lugar disso, vimos uma decisão política, e não jurídica", disse Frattini. Para ele, tanto a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto a de Dilma Rousseff teriam feito "pressão política" para o STF decidir pela libertação de Battisti.

A decisão de convocar o embaixador italiano no Brasil, Gherardo La Francesca não significa o rompimento das relações - a Itália deixou claro que o retorno do diplomata seria "temporário". Mas não disfarça que se trata de um gesto claro de protesto contra o Brasil. Em seu comunicado, o governo diz que a convocação tem como função "aprofundar, junto às outras instâncias competentes, os aspectos técnico-jurídicos relativos à aplicação dos acordos bilaterais existentes", além de avaliar "as iniciativas e os recursos" diante das cortes internacionais.

Fonte: http://dois-em-cena.blogspot.com/

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sexta-feira, 10 de junho de 2011

RABO PRESO E IMPUNIDADE


A definição mais correta para o Brasil é: um Paraiso de Patifes, governado por um Covil de Bandidos e que é controlado por um Sindicato de Ladrões.

A transformação de um assassino condenado na Itália em alguém com todos os direitos que devem ser garantidos a um cidadão digno e honesto, coloca a Justiça do nosso país como uma via formal a serviço de um jogo de poder sujo e criminoso que tem sido o suporte principal do projeto de político-prostituído do PT.

O Poder Público somente deveria existir para prestar serviços para a sociedade que o sustenta e não preferencialmente ou somente servir à nova burguesia corrupta que comanda o país, nascida e criada no submundo comuno sindical.

É quase inconcebível o suicídio político que a sociedade está cometendo com sua covarde omissão diante da absurda degeneração das instituições que têm a responsabilidade de fazer valer o ideário de justiça contra o banditismo institucionalizado que toma conta do país.

O tripé meliante que sustenta o projeto de poder perpétuo PT, que continua sendo comandado pelo mais sórdido político da história do país, está bem definido:
- desqualificação das Forças Armadas,
- transformação do Parlamento em um balcão de negócios da corrupção e da prevaricação sem controles e,
- qualificação dos Tribunais Superiores como uma retaguarda “jurídica” para validar os atos criminosos e lesa pátria do PT através da garantia de impunidade, além de terem assumido o papel de instrumento final da transformação do país em um Estado controlado por uma ditadura civil fascista.

O pano de fundo para o sucesso dessa estratégia foi o suborno assistencialista aos menos favorecidos e o descarado suborno dos canalhas esclarecidos que se transformaram cúmplices da destruição do país.

Talvez não exista na história do mundo ocidental um caso de um golpe para implantar uma ditadura fascista tão bem sucedido como está acontecendo no Brasil.

Depois do terrorismo derrotado pelas Forças Armadas que depois acabaram, covardemente, lavando as mãos e deixando o país entregue nas mãos de civis canalhas, não está sendo necessário para os golpistas do PT o uso de força policial ou militar em grande extensão, bastando apenas reprimir pontualmente uma ou outra movimentação de protesto e utilizar os bastidores da Justiça prostituída para ameaçar, calar ou prender seus adversários. As denúncias de assassinatos são pontuais e devem ter atingido seus objetivos de preservar a base da corrupção dos golpistas.

Como movimento de protesto, o movimento dos bombeiros, agora com o apoio da Polícia Militar, é um fato isolado e, apesar de rigorosamente justo e correto, atende aos interesses de uma classe profissional específica que, se atendida, tenderá a se acomodar na sua vitória, esquecendo que o país virou um Paraiso de Patifes, e que todas as classes deveriam, neste momento, lutar em campo aberto para livrar o Brasil do golpe civil fascista em curso.

As classes profissionais deveriam se unir, não somente por aumentos salariais, mas, principalmente, para acabar com o Covil de Bandidos que é o responsável pela degeneração moral do país, a semente de todas as injustiças que estão sendo praticadas contra os trabalhadores que não pertencem à burguesia petista.

O caso Palocci escancarou de forma definitiva o corporativismo meliante que une os traidores do Brasil, pois o medo do desmoronamento do castelo de cartas da corrupção mexeu de forma muito forte no submundo que garante a impunidade dos meliantes que foram infiltrados em todas as instituições públicas.

Assim como um Procurador Geral da República não teve coragem de apontar o ex-presidente Lula como participante e mandante do mensalão – colocando José Dirceu como boi de piranha em seu lugar –, outro Procurador, o atual, não teve coragem de aceitar as denúncias contra Palocci, uma aberração jurídica praticada pelo STF que ficará nos anais do suborno político e da falência da Justiça no país.

Já existe um quase consenso de que o risco da não recondução ao cargo ou a lealdade pessoal aos meliantes petistas, tenha sido as motivações do procurador que, com esta atitude, demonstra que para ser servidor público, ter uma carreira promissora, e ganhar os mais altos salários médios do país e inúmeras mordomias adicionais, é preciso esquecer a dignidade, a honra, a vergonha, e o respeito aos códigos legais, morais e éticos.

A subordinação dos mais altos escalões da Justiça ao Poder Executivo é uma anomalia fascista que, após a entrega do poder aos civis, tem sido o principal instrumento do suborno moral e financeiro dos trâmites da Justiça no país.

O papel da Justiça deveria ser o de proteger a sociedade dos atos dos bandidos da rua ou dos palácios, através de um rigoroso cumprimento de princípios legais fundamentados na Constituição do país e nos códigos legais que a regulamentam.

Contudo, o nível de impunidade no país cresce assustadoramente na mesma medida das denúncias de corrupção e prevaricação.

O caso Palocci tem uma extensão mais grave ainda pelo fato da própria CEF ter formalmente declarado a responsabilidade do ex-ministro na ordem para quebrar o sigilo bancário de um cidadão comum e, mesmo assim, esse filhote do petismo fascista foi conduzido por ordem do ex-presidente Lula ao cargo de Ministro da Casa Civil do desgoverno Dilma.

Muito maior do que a crise política é a crise moral, a crise ética e a crise legal que estão desconstruindo gradativamente o equilíbrio das relações sociais, fato esse que a história nos ensina ser a semente fundamental para o surgimento de movimentos armados quando as outras instâncias da busca do entendimento político, definitivamente, falharam.

Não foi necessário muito tempo para que o óbvio do estelionato eleitoral da recente eleição presidencial viesse à tona: a presidente não passa de um fantoche do projeto de poder do PT tendo o ex-presidente Lula seu maior responsável e quem, efetivamente, está governando o país. Como o próprio ex-presidente já demonstrou não é preciso estar no gabinete para cumprir esta função no seu modelo de governo espúrio.

O Procurador Geral da República deu para a sociedade a prova final do caráter dos homens públicos que servem aos desgovernos petistas que transformaram as instituições públicas em escritórios da revolução fascista em curso no país.

A costumeira e vergonhosa impunidade para os canalhas da corrupção desvairada que é denunciada quase todos os dias envolvendo personalidades públicas tem uma explicação.

Tem tanto ladrão envolvido no escancarado roubo do contribuinte que o espírito de corpo corporativista protetor dos cafajestes que fazem os brasileiros de idiotas e palhaços, todos os dias, precisa, cada vez mais, proteger o Covil de Bandidos de pequenas luzes que se acendem no final do túnel da degeneração moral do país, mas que são desligadas rapidamente pelo conluio de canalhas esclarecidos cúmplices do desgoverno fascista do PT.

Se uma das principais cartas meliantes cair o risco da maioria das outras que sustentam o Castelo da Corruptocracia Petista também caírem, é cada vez maior na lógica, mas cada vez menor pela transformação da Justiça em um instrumento do banditismo da política.

A impunidade da gang dos quarenta, a impunidade do verdadeiro chefe da gang, a impunidade de um ex-ministro ao ser inocentado por um Procurador da República sem investigação formal, as centenas de impunidades de primeiro, segundo e terceiro escalões, as impunidades de centenas de cúmplices de corrupção e prevaricação, e a libertação de um assassino condenado em outro país são os sinais de que não existem mais limites para os mais descarados desrespeitos à verdadeira Justiça, que já fechou os olhos para o apodrecimento dos Poderes da República.

Em nome da verdadeira democracia e da liberdade de seus filhos e de suas famílias a sociedade precisa mudar o rumo dessa degenerada história petista.

Precisamos lutar para que o país não seja mais um Paraiso de Patifes governado por um Covil de Bandidos que é controlado por um Sindicato de Ladrões.

Neste momento, da falência da Justiça, precisamos ter a coragem e o patriotismo de começarmos a nos unir para salvar nosso país do controle do Sindicato dos Ladrões.

A sociedade civil e os comandantes militares que não foram subornados pelo Covil de Bandidos precisam se unir para defender o país do Regime Civil Fascista que controla o poder público.

Vivemos uma situação muito mais grave do que aquela que levou à intervenção militar em 1964 porque estamos diante de um Parlamento e de um Poder Judiciário, ambos subordinados ao Poder Executivo e que, simplesmente, cumprem todas as suas ordens ou vontades, sem considerar o seu mérito legal. Quando existem desentendimentos são por interesses pessoais ou financeiros, geralmente inconfessáveis, e nunca para preservar nosso já falecido ideário de democracia e Justiça – a verdadeira.

A Fraude da Abertura Democrática acaba de assumir seus contornos mais nítidos. Somente não o percebem os ignorantes, os covardes e os subornados. Geraldo Almendra

Fonte: http://lilicarabinabr.blogspot.com/

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GRITA BRASIL

A casa e a matemática mal-assombradas
Se você curte um terror não precisa ir para a Disney aproveitando o dólar baixo. A moda agora é ir até Brasília e dar uma passada na Casa Civil. Por Claudio Schamis.

Se você curte um terror não precisa mais nem pensar em ir ao Hopi Hari ou até mesmo para a Disney aproveitando o dólar baixo. A moda agora é ir até Brasília e dar uma passada na Casa Civil. Mas é preciso ter coragem de encarar, pois é considerada nos sites e guias turísticos mais importantes do país como sendo a casa mais mal-assombrada do mundo.

E, ainda assim, se os “especialistas” que sempre surgem nessa hora disserem o contrário, tem explicação. Sempre há uma explicação.

Se realmente não for assombrada – o que eu duvido muito – é amaldiçoada. Do tipo que, se você entrar e sentar na cadeira, poderá sofrer e ter sua imagem imaculada abalada, manchada. Você entrará na boca do sapo, repórteres irão perseguir você, flashes pipocarão a cada olhar, a cada careta, a cada gesto. Manchetes em jornais, revistas. Blogs, sites, todos falarão de você, sobre você, seu caráter e vida pregressa. Brigarão por você. Surgirão advogados de defesa, de acusação. Você e sua família terão insônia. Comerão pouco, ouvirão muito. E no fim da história…

Bem no fim da história, todos ficam felizes.

Opa, pode parar! Acho que já chega né? Isso aqui não é história da carochinha, não é uma fábula de La Fontaine e nem vivemos no mundo encantado de Bob. Isso é vida real. Quantos mais precisarão sentar e levantar sem ao menos fazer com que a cadeira chegue a temperatura ideal? Pois até agora ninguém conseguiu esquentar a dita cuja. E olha que passaram pessoas que eram acima de qualquer suspeita, como José Dirceu, Erenice Guerra e Palocci. Até a Dilma passou pela Casa na época em que Fernando Henrique era presidente e quase saiu da mesma maneira que antecessores e sucessores, mas, blindada por Lula, saiu ilesa. É ou não é algo maldito? Que acabem com a Casa Civil. Ou pelo menos não dê tanto poder aos ministros de lá, pois este tem subido à cabeça de todos e todos têm perdido a razão, o discernimento, os valores, o certo e o errado. Não há um equilíbrio. É tudo ou tudo. Nada não existe.

O que existe é outra maldição que faz com que as pessoas esqueçam-se dessas passagens dessa gente por lá e seus atos execrados, mas, parafraseando a música da poupança Bamerindus: “o tempo passa, o tempo voa… e a memória das pessoas continua a mesma m***”. Prova disso é que José Dirceu está de volta ‘nas parada’ e ninguém acha estranho, ninguém fala nada. O próprio Palocci, que foi alvo de escândalos enquanto prefeito de Ribeirão Preto e também enquanto Ministro da Fazenda, estava aí livre, solto e no poder. E acabou na Casa Civil, dando no que deu. Aliás, o que Palocci deu só ele sabe e quem recebeu. Já o que ele recebeu ninguém precisa dizer, todos viram: o milagre da multiplicação do patrimônio.

Resta saber se essa matemática empregada na avaliação do patrimônio de Palocci é a mesma que está no livro do MEC (é outro livro tá gente, fiquem tranquilos), onde 10 – 7 = 4. O cruel disso é que é essa a matemática que está sendo ensinada nas escolas públicas rurais de ensino fundamental. São 200 mil coleções (elas incluem também livros de português, história, geografia e ciências), ou sete milhões de exemplares distribuídos para quase 40 mil escolas. E fica pior, pois em 2008 esse material foi revisado pela galera do próprio MEC e ficou por isso mesmo. E alguns erros estão lá há 12 anos. Ou seja, estamos formando (ou tentando formar) qualquer coisa. Parece que certas pessoas estão querendo mostrar que livros são distribuídos, que se está fazendo alguma coisa pela educação. Isso é fazer? Com esse desleixo? Com essa vontade de formar realmente pessoas que possam num futuro brigar em igualdade com alunos de colégios particulares? Isso eu não engulo. Isso é absurdo. É abusar demais da sanidade das pessoas.

Gastou-se com esse erro meros (para muitos) R$ 14 milhões, e só se pretende refazer a coleção em 2013, até lá… serve isso mesmo.

Achar os culpados é preciso, mas antes de qualquer coisa é preciso resolver o problema. Até porque, segundo entrevista da secretária de Educação Continuada do MEC, Cláudia Pereira Dutra, isso ainda vai demorar, pois, segundo ela, pode ser erro de diagramação, erro de editoração, revisão. Então já viu né? Isso vai virar até novela.

Novela ou não talvez esteja aí à explicação de muitas de nossas questões políticas. Vai ver foi com essa matemática que muitos se formaram e hoje são PhD´s em contas.

E enquanto isso, nas contas deles, sempre há lugar para um sinal de mais e um de menos dependendo da ótica, e na matemática de pobres mortais como nós, 2 + 2 ainda é e sempre será igual a quatro.

Salvem a matemática. Salvem a educação. Salvem a Casa Civil. E claro, as baleias. Essas sempre!

PS: Não poderia deixar de terminar assim, até para que meus críticos ferrenhos e amantes do PT não falem que torço sempre contra o governo.

Muito boa sorte a nova ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que fique por lá por muito tempo e fazendo bonito. Pelo menos, é a mais bonita que por lá está agora. Com todo o respeito.

Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br/brasil/

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domingo, 5 de junho de 2011

Palocci não convence Dilma e fica em situação crítica após nova denúncia

A situação do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, piorou muito depois da entrevista que ele concedeu ao Jornal Nacional, na sexta-feira. E se agravou ainda mais depois da divulgação, pela revista Veja, de que o apartamento de 640 metros quadrados que Palocci aluga, em São Paulo, seria de uma empresa dirigida por laranjas, um de 23 anos, outro de 17.

A presidente Dilma Rousseff teve uma reação de desânimo depois de ver a entrevista, de acordo com informações de bastidores do Palácio do Planalto. E teria comentado que Palocci ficou devendo respostas a respeito da lista de clientes, que, segundo ele próprio, foram entre 20 e 25.

No Planalto já se fala que agora o governo deve entrar num clima de transição na área política. Petistas que foram à festa de filiação do deputado Gabriel Chalita ao PMDB, em São Paulo, chegaram a dizer que a situação de Palocci se tornou 'insustentável'.

Antes mesmo da entrevista do titular da Casa Civil para esclarecer suspeitas de enriquecimento ilícito, Dilma e auxiliares mais diretos avaliavam que o ministro não conseguiria reverter a sua situação pessoal nem a de engessamento do governo.

O ministro Gilberto Carvalho, que ocupa atualmente a apagada pasta da Secretaria-Geral, vem tentando ocupar um pedaço do 'vácuo' nas interlocuções do Planalto com setores da base aliada na falta de Palocci, disseram auxiliares de Dilma.

Carvalho sempre é lembrado pelo contato direto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, maior fiador de Palocci no governo. Carvalho também mantém boa relação com dirigentes do PT contrários à permanência de Palocci, que reclamam da nomeação de aliados para cargos que disputam na aliança partidária governista. A participação ativa de Carvalho na busca de saídas para a crise não se limita a negociações com petistas. Dilma encarregou o ministro de manter conversas permanentes com o vice-presidente Michel Temer e líderes do PMDB.

'Insaciável'. O secretário de Comunicação do PT, deputado André Vargas (PR), admitiu que a revelação sobre o aluguel do apartamento de Palocci vai piorar as coisas no Congresso. 'A oposição é insaciável e é claro que fará muito barulho', disse.

Nesta semana, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), decidirá se anula ou não requerimento de convocação de Palocci aprovado pela oposição na Comissão de Agricultura. Se o clima piorar na Câmara, Maia terá maiores dificuldades para cancelar o ato da comissão.

No ato de filiação de Chalita, Temer disse ver na fala de Palocci muita lealdade aos seus clientes. Ele classificou de satisfatória e convincente a entrevista do ministro, depois de um silêncio de 20 dias, mas não quis comentar se o chefe da Casa Civil terá força para continuar no posto.

'Ele veio à público dizer o que tinha de dizer, acho que ele foi muito convincente e teve muita lealdade profissional com seus clientes e com aqueles que serviu', destacou o vice, numa referência ao fato de Palocci não ter revelado o nome de seus clientes e nem sua renda.

Questionado se o ministro permanecerá à frente da Casa Civil, Temer desconversou: 'A presidente Dilma dispõe de todos os cargos e não deve ser eu a dizer o que deve ser feito.' E emendou: 'Não sei se há possibilidade de troca, sei que a presidente tem muita confiança nele. Confiamos no desempenho dele e nos princípios administrativos que ele tem. Palocci colabora muitíssimo com o governo federal.'

O presidente interino do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), comentou que, na sua opinião, Palocci esclareceu toda a situação na entrevista de sexta-feira. 'Ele foi muito bem nas explicações', disse. O mesmo declarou o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), Eunício Oliveira (PMDB-CE). (Colaboraram Wellington Bahnemann e Júlia Duailibi)

Fonte: http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/palocci

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sábado, 4 de junho de 2011

TCU CONFIRMA: Governo Federal ainda emprega 18 mil terceirizados

Cinco anos depois de determinar a suspensão de contratos com funcionários terceirizados, o Tribunal de Contas da União (TCU) constatou que o governo federal mantém uma força de trabalho com 18 mil servidores indiretos, isto é, atuando de forma “irregular”. Em 2010, os gastos com terceirizados somaram R$ 15,5 bilhões, contra R$ 9 bilhões, em 2007.

No ano passado, último do governo Luiz Inácio Lula da Silva, cinco órgãos da Administração Federal gastaram mais com terceirizados do que com pessoal do quadro efetivo. Os números estão no relatório de contas do ano passado, publicado nesta quarta-feira pelo TCU.

Proporcionalmente, o Ministério do Esporte é o que mais gasta. Segundo o documento, no ano passado foram R$ 97 milhões com terceirizados e R$ 23 milhões com a folha dos funcionários do quadro. Na mesma situação estão os Ministérios do Desenvolvimento Social, do Turismo, da Pesca e o Conselho Nacional de Justiça.

O valor total despendido com terceirizados corresponde a 8% dos R$ 183,2 bilhões da despesa empenhadas com pessoal. Somente no Executivo foram R$ 13,8 bilhões, enquanto o Judiciário pagou R$ 1,2 bilhão, o Legislativo, outros 295 milhões e o Ministério Público Federal gastou R$ 202 milhões.

Despesas crescentes

Em 2006, o TCU estabeleceu que os órgãos federais precisariam até 2010, eliminar todos os funcionários terceirizados, pois estariam em discordância com o Decreto 2.271/1997, que dispõe sobre contratados em substituição a servidores públicos.

Apesar do prazo estabelecido pelo TCU, a despesa com terceirizados se manteve crescente. Em 2007, um ano após a determinação, os gastos foram de R$ 9 bilhões, em 2008, 12,3 bilhões, em 2009, R$ 14,1 e, finalmente, em 2010, R$ 15,5 bilhões. Segundo dados do Ministério do Planejamento, até março passado, ainda havia 18 mil terceirizados em órgãos federais, sem contar com as estatais.

Os auditores do órgão controlador levantaram que são 14.326 na administração indireta e 3.658 na direta. O Ministério da Educação é a pasta com o maior contingente, com 8.844 servidores irregulares, seguido pelo Ministério da Saúde, com 4.083. (FONTE: Contas Abertas)

Fonte: http://paraibaurgente.com.br/detalhe_noticia.php?id=7388

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