sábado, 10 de março de 2012

Dilma mandou um recado com troca de ministro

A substituição de Afonso Florence por Pepe Vargas, mais uma vez, marca o estilo da presidente Dilma Rousseff: ela quer resultados de gestão e, ao mesmo tempo, sem problemas políticos na área. Desde o ano passado, o nome de Florence constava das listas de mudanças na reforma ministerial por baixo desempenho administrativo e pouca afinidade com a área, o que foi agravado com as queixas dos movimentos sociais ligados à questão agrária. Com ameaças de manifestações e invasões pelo país afora, Dilma decidiu fazer a troca também ao estilo dela – sem abrir negociação com os partidos, dando conhecimento da decisão por nota oficial.

Ao Palácio do Planalto, chegaram informações sobre as queixas dos movimentos ligados à questão agrária e, ainda, um conflito interno entre Florence e o presidente do Incra, Celso Lacerda. Cobrado para acelerar os assentamentos no país, Lacerda atribuiu a Florence “o travamento” de projetos. Para o ano passado, havia o compromisso de gasto de R$ 400 milhões, mas a execução foi bem inferior a isso.

Por fim, um embate que selou o destino de Florence – com Joaquim Soriano, comandante do programa Territórios da Cidadania. Ele é o representante da Democracia Socialista, a DS, tendência do PT ligada aos movimentos sociais, entre eles o MST e à qual pertencem Florence e o sucessor Pepe Vargas. Vargas é um dos parlamentares mais próximos à presidente, que o conhece desde os tempos em que morou no Rio Grande do Sul. Ele tem experiência administrativa como prefeito de Caxias do Sul.


Editado por ZeRepolho

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