sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Nosso poetinha de crachá

Marcus Vinícius da Cruz de Mello de Moraes ou, simplesmente, Vinícius de Moraes (foto), foi um grande sujeito. Poeta inquieto, letrista genial e conquistador inigualável, deixou um legado tão importante para a cultura nacional que, por mais que se queira, nunca será reconhecido da forma como merece.

... mas há quem tente.

É que tramita em caráter de urgência - com direito a carimbo de "proposta conclusiva" - na Câmara dos Deputados um projeto de lei de autoria do Executivo que promove post mortem o artista a ministro de primeira classe da carreira de diplomata.

Como todos sabemos, Vinícius fez concurso para o Itamaraty em 1943 e foi exonerado em 1969 juntamente com outros servidores. O regime militar não tolerou a vida boêmia do poeta e justificou a expulsão sem dar muitos detalhes - como era a prática da época.

O tempo passou e o Estado anistiou Vinícius, reintegrando-o ao Ministério das Relações Exteriores.

A proposta que será analisada pelas comissões de Educação e Cultura, de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara garante aos dependentes vivos de Vinícius o direito a receber pensão. O salário de um ministro de primeira classe em final de carreira é R$ 17.347,00.
Publicado no Blog do Servidor.
Editado por ZEREPOLHO

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