
Disse, por exemplo, que era vontade de Deus que a Argentina chegasse à final. Além da linha direta com o céu, Maradona também parecia ter sempre a razão – tanto que exigiu desculpas dos jornalistas que criticavam o time depois de classificar o time às oitavas-de-final (o que, convenhamos, não era nada mais que a obrigação). “Para ganhar deste time terão que tirar a pele”, disse, na ocasião. Não foi o que pareceu neste sábado, com o passeio da Alemanha, por 4 a 0, na Cidade do Cabo. Ainda bem que os prognósticos do ex-craque não se confirmaram. Afinal, ele ficou livre de pagar um mico sem precedentes. “Se ganharmos este Mundial, eu fico pelado e dou a volta no Obelisco”, prometeu, pouco antes do embarque.
Além de fracassar na busca pelo título – estendendo um incômodo jejum para a Argentina, que já contabiliza 24 anos sem levar a Copa para Buenos Aires -, Maradona também falhou feio numa missão importante: a de fazer o melhor jogador do mundo, Lionel Messi, brilhar no palco máximo do futebol internacional. Especialista na posição e sabedor da encrenca que é chegar a uma Copa com o peso de ser apontado com o grande nome do torneio – foi assim em 1990, depois da exibição genial e campeã em 1986 -, o técnico prometia fazer Messi se transformar no craque da Copa. Se não chegou a ser um fiasco, o astro do Barcelona também não chegou a convencer. Está embarcando para casa sem ter marcado um golzinho sequer. (Por Giancarlo Lepiani, de Johannesburgo)
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/copa-2010
Editado por ZeRepolho
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