segunda-feira, 4 de abril de 2011

Salário mínimo X trabalho mínimo


O Conselho Nacional de Justiça mandou que os Tribunais e as varas passem a trabalhar como todo brasileiro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Além de natural, seria a única maneira de resolver o problema dos milhares de processos acumulados (foto acima) que infernizam a vida de quem aguarda uma solução para seus casos.

O aumento do horário de trabalho deixou os servidores do Judiciário revoltados, sem nada que possa explicar, de fato. Como o verão está acabando, por exemplo, certamente o calor se tornará bem mais suportável aos frágeis servidores da justiça. Caso continue sufocante, é fácil resolver o problema para colocar o trabalho em dia: ao invés de manter o tempo de folga, troquem as horas de trabalho, por exemplo com a exigência de ar condicionado em suas salas. Ou mesmo um ventilador. Então - quem sabe? - espalhem leques em cima das pilhas de processos.

O desembargador Marcus Faver (Colégio Permanente de Presidentes dos Tribunais de Justiça) se aproveitou do calor como argumento, ao dizer que os servidores da Justiça não podem trabalhar no horário determinado. O desembargador ameaçou recorrer da ordem do CNJ e avisou sua intenção de reunir os presidentes dos tribunais.

"É complicado, no calor, você respeitar o horário estabelecido (pelo CNJ). O Piauí tem um calor intenso das 12h às 15h, é quase impraticável trabalhar, argumentou Marcus Faver."

Estranho, mesmo, é saber que a maioria dos trabalhadores brasileiros não apenas enfrenta o calor no local de trabalho. Geralmente suportam, sem reclamar, em meio ao tumulto nos ônibus ou trens, o abafo sofrido no longo caminho desde sua casa ao local de serviço - na ida e na volta. Tudo por uns míseros trocados como salário.

QUE UM DIA SE FAÇA JUSTIÇA.
E COMECEM A COLOCAR
SEU TRABALHO ATRASADO EM DIA.

Fonte: http://puteiro-nacional.blogspot.com/

Editado por ZeRepolho

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