ONDE A SERIEDADE PERMANECE ÍNTEGRA.
Giulio Sanmartini
As condenações
do Supremo Tribunal Federal STF, aos políticos mensaleiros, estão sendo
tratadas pelos poderes Executivo e Legislativo sem a seriedade indispensável.
A
presidente da República não aceitou o pedido de demissão do cargo que o
condenado José Genoino ocupa no ministério da Defesa. Ao próprio, uma boa parte
dos deputados apóia a ideia imoral, que lhe seja dado o cargo de deputado que
ele faria jus por ser o primeiro suplente.
Além
disso os deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e Valdemar da Costa Neto (PR-SP),
mesmo tendo sido condenados pelo STF, continuam recebendo seus nababescos
salários da Câmara dos Deputados.
Desse mar de
lama, salva-se com brio e patriotismo o Exército Brasileiro, que retirará as
condecorações recebidas pelos marginais citados acima.
Eles vão
perder a medalha do Pacificador. Trata-se de uma condecoração militar
brasileira que pode ser dada a civis. Foi instituída em 1953, como celebração
dos 150 anos de nascimento do marechal Luiz Alves de Lima e Silva (o Duque de
Caxias), patrono do Exército brasileiro.
De acordo com
o decreto que regulamenta a concessão da Medalha, a cassação da comenda é
automática se o condecorado for condenado pela Justiça brasileira, por sentença
transitada em julgado, por crime “contra a integridade e a soberania nacional
ou atentado contra o erário, as instituições e a sociedade brasileira”.
Ainda
segundo o decreto, a cassação da Medalha será realizada de ofício pelo
comandante do Exército, ou seja, por dever do cargo e da lei e sem a
necessidade de solicitação externa. Dessa forma, o ato da cassação não é
arbitrário – basta que se realizem as condições previstas no decreto.
Ao que tudo
indica a iniciativa partiu de militares da reserva, que enviaram ofício ao
comandante do Exército, General Enzo Peri, pedindo a cassação imediata da
medalha.
O comando,
questionado sobre a possibilidade de a cassação das Medalhas de Cunha e Genoíno
criar atrito com a presidente Dilma Rousseff e a cúpula do PT, resolveu não
responder, pois a decisão já esta tomada.
(1) Foto:
Nelson Jobim e José Genoino. Um safado condecora outro safado.
(2) Texto de
apoio: Guilherme Oliveira
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