quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Após gastar R$ 5,3 bi, governo anuncia corte de 50%

Depois de torrar R$ 5,3 bilhões em 2010 com diárias, passagens, aluguel e compra de carros, o governo federal, comandado por Dilma Rousseff, sucessora do ex-presidente Lula, resolveu cortar em 50% os gastos com estes itens. O anúncio do contingenciamento de recursos foi feito ontem (9), pelos ministros do Planejamento e da Fazenda, Miriam Belchior e Guido Mantega, respectivamente.

Apenas com o pagamento de diárias e passagens no país e no exterior foram desembolsados R$ 2,6 bilhões. A cifra inclui despesas com hospedagem em hotéis e com o translado – táxi ou aluguel de carros – para servidores civis e militares, conselheiros e colaboradores eventuais.

Com a aquisição, aluguel ou reforma de imóveis, foram gastos quase R$ 1,7 bilhão pelos órgãos do Executivo, Legislativo e Judiciário. A cifra equivale ao gasto do Ministério do Turismo com todos os programas e ações da pasta realizados no país inteiro, que somou R$ 1,5 bilhão no ano passado. Também seria possível construir quase 28 mil casas populares no valor de R$ 60 mil com os recursos gastos com imóveis pela União ou levantar 279 escolas técnicas ao custo unitário de R$ 6 milhões.

As despesas com aluguel de imóveis somaram R$ 756,3 milhões no ano passado, conforme dados do Contas Abertas. Desde 2002, os gastos somam R$ 4,3 bilhões, em valores corrigidos pela inflação. Os recursos seriam suficientes para adquirir um espaço equivalente a quase quatro cidades do tamanho de São Paulo. Isso considerando o custo médio do m² no Brasil, que é de R$ 769, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já com a compra de veículos de tração mecânica, como ambulância, automóvel e caminhão, foram gastos mais de R$ 1 bilhão em 2010. Com a verba, seria possível adquirir mais de 33 mil carros populares no valor de R$ 30 mil, cada um. Não estão incluídos no cálculo aeronaves e embarcações, por exemplo.

O corte anunciado pelos ministros faz parte de um pacote que prevê a redução de despesas do orçamento na casa de R$ 50 bilhões. O bloqueio contempla ainda um terço das emendas parlamentares (R$ 7,6 bilhões), que chegaram a R$ 23 bilhões neste ano, segundo o Ministério do Planejamento. (Contas Abertas)

Fonte: http://www.prosaepolitica.com.br

Editado por ZeRepolho

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