quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

E as Leis?

No Brasil entra governo e sai governo parece que Leis não têm a serventia para a qual foram criadas. No quesito corrupção hoje figuramos entre os piores do mundo exatamente porque, embora existente e fartamente comprovada, os indiciados – culpados ou não – prosseguem tranqüilos e despreocupados porque sabem muito bem que nenhuma penalidade terão que cumprir. Sendo gente da oposição (existe isso?) acabam enrolando como no caso Distrito Federal. Sendo gente do lado governista, conta com o beneplácito palaciano muito bem escorado pelas alianças entre agremiações nem sempre bem intencionadas. Vide o senado. No ano passado o presidente da Câmara Federal recebeu um pedido assinado por quase um milhão e meio de brasileiros pedindo que candidatos comprometidos (os “fichas sujas”) não tivessem o direito de disputar eleições. Nunca mais se falou nisso e o monte de assinaturas está engavetado sem nenhum resultado positivo.

Na segurança, ainda que setores da Polícia e Ministério Público muito se empenhem, na verdade a sociedade tem que usar seus próprios recursos para defesa, seja na edificação de verdadeiras muralhas em volta das residências, seja na contratação de empresas especializadas na proteção. Na educação, embora com um grande número de leis e regulamentos, continuamos “patinando” abaixo de países até com economia bem menor que a nossa. Exemplo foi o fiasco do ENEN. A saúde pouco melhorou. Embora com recursos financeiros, apenas um pequeno número de brasileiros consegue atendimento completo, gratuito e, sobretudo digno como determina a Lei.

Estamos em ano eleitoral. Segundo a lei do setor, as campanhas de candidatos deveriam começar em junho. Mas o que se vê é a presença de uma candidata em plena atividade eleitoreira sempre acompanhada pelo presidente que a indicou e que não deixa por menos que a vitória em outubro. E já no primeiro turno. Pior ainda. Tal campanha começou em agosto passado (quase um ano antes do período legal) e os palanques se repetem. Interessante o conteúdo dos pronunciamentos tanto do presidente quanto da ministra muitas vezes baseados em dados mentirosos. Mas com base na popularidade presidencial e na falta de conhecimento de grande parte da população brasileira sobre suas origens e do que ela é capaz, a candidata vem subindo nas pesquisas.

Lula deveria ter comparecido ao encontro na Suíça quando receberia um prêmio de estadista. Como se tratava de uma festa da Democracia, era bem possível que alguém perguntasse ao premiado como explicar a amizade, idolatria e o apoio incondicional a ditadores como Chávez, Kadafi ou Almadnejaad. Ainda bem que uma crise hipertensiva o livrou de um possível vexame.

Publicado no Blog www.prosaepolitica.com

Editado por ZEREPOLHO

Nenhum comentário:

Postar um comentário